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Em alta, cards de Pokémon e esportes impulsionam Target e Walmart antes das festas de fim de ano
Publicado 19/10/2025 • 09:23 | Atualizado há 3 horas
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Pokemón
As vendas de cards colecionáveis, como Pokémon e esportivos, estão disparando. A Target anunciou um aumento de 70% no ano e projeta mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) em faturamento anual nessa categoria.
Em um momento em que as telas dominam e a tecnologia avança a passos largos, um passatempo analógico voltou com força: colecionar cards.
As cartas, que trazem desde astros da NFL até Pokémon e até mesmo Taylor Swift, estão entre os brinquedos mais procurados nas lojas em 2025. Grandes redes estão reforçando os estoques para as festas, apostando que a procura vai além do público tradicional de crianças e colecionadores.
“Acreditamos que os cards vão ser uma das sensações para presentear pessoas de todas as idades. Vamos investir em novidades e lançamentos exclusivos”, disse Rick Gomez, vice-presidente executivo e chefe comercial da Target, à CNBC. “Teremos novidades quase toda semana durante as festas, o que deve aumentar ainda mais a procura. Eles são ótimos presentes e cabem bem até na meia de Natal.”
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Segundo a Circana, empresa de pesquisa de mercado, as vendas de colecionáveis chamados estratégicos — que não incluem esportes — cresceram 103% até agosto de 2025. Já os cards não estratégicos, geralmente ligados à cultura pop ou esportes, subiram 48% no mesmo período.
Na Target, as vendas de cartas aumentaram quase 70% no ano, e o faturamento anual da categoria deve passar de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões).
Em algumas plataformas online, as vendas estão crescendo ainda mais rápido.
No Walmart Marketplace, as vendas de cards aumentaram 200% entre fevereiro de 2024 e junho de 2025. Só as cartas de Pokémon tiveram uma alta de mais de dez vezes no mesmo período, segundo a empresa informou ao Axios. O Walmart até lançou uma série semanal de lives com influenciadores, focada em colecionáveis esportivos.
Desde 2021, as vendas de cartas estratégicas cresceram US$ 891 milhões (aproximadamente R$ 4,8 bilhões), um salto de 139%, totalizando US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,1 bilhões), de acordo com a Circana. Já os não estratégicos e figurinhas colecionáveis subiram US$ 565 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões), ou 156%, chegando a US$ 925 milhões (cerca de R$ 5 bilhões) no mesmo período.
O público millennial e da Geração Z foi fundamental para esse crescimento, afirma Juli Lennett, vice-presidente e consultora da área de brinquedos da Circana nos Estados Unidos.
“Muitos adultos estão comprando porque os cards remetem a uma época em que eles não tinham preocupações”, diz Lennett. “É um pequeno luxo acessível, ainda mais com a economia do jeito que está. Alguns não podiam comprar cartas quando eram crianças, agora têm o próprio dinheiro e ninguém para dizer não.”
Tem também quem veja os colecionáveis como uma forma alternativa de investimento. Até agosto, os cards de Pokémon tiveram retorno acumulado de 3.821% desde 2004, segundo um índice da Card Ladder divulgado pelo Wall Street Journal. Para evitar revenda em massa, muitas lojas agora limitam a compra a dois pacotes por cliente.
Apesar do boom, nem todo mundo acredita que os cards vão impulsionar tanto as vendas no auge das festas. Nos últimos seis meses, 19% dos adultos disseram ter comprado cartas de Pokémon para si mesmos, sinalizando que não pretendem usá-los como presente, segundo a Circana.
“O crescimento tem sido constante, mas boa parte das compras é para uso próprio. Não tem tanto presenteando quanto em outros brinquedos”, explica Lennett.
Os cards podem até não ser o item mais “natalino”, mas compensam pela regularidade nas vendas.
Segundo Lennett, as cartas se destacam em relação aos outros brinquedos por dois motivos principais: são frequentemente comprados para uso próprio e não têm uma temporada de venda tão marcada.
“Eles vendem tão bem em março ou julho quanto em dezembro”, ela afirma. “Isso é ótimo para as lojas, que podem equilibrar os riscos de sazonalidade.”
A Target, que costuma lucrar com produtos ligados a datas comemorativas, está aproveitando o interesse pelos cards durante o ano inteiro.
“Aumentamos nosso portfólio, tivemos mais lançamentos exclusivos, demos mais destaque aos cards nas lojas, montamos displays mais chamativos e o resultado foi excelente”, conta Gomez. “Não vemos sinais de desaceleração e acreditamos que a procura só vai crescer.”
Pokémon continua liderando a categoria, com vendas de colecionáveis ultrapassando US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) no ano passado — foi a primeira marca de brinquedos a atingir esse marco nos Estados Unidos, segundo a Circana. Já os cards esportivos também estão em alta, principalmente entre adolescentes, com os pacotes da NFL puxando a fila.
“Tem gente de todo tipo vindo comprar. Tem o colecionador adulto que compra para si, mas também muitas famílias com crianças pedindo e convencendo os pais a levar cards para casa”, diz Gomez. “É um ótimo presente para pais, filhos, especialmente para quem curte esportes ou Pokémon.”
Apesar do sucesso entre quem tem entre oito e 28 anos, as cartas antigas — normalmente os lançados antes dos anos 1970 — não conquistaram tanto a Geração Z e a Geração Alpha.
“A maioria dos meus clientes não procura cards antigos”, comenta Matthew Winkelried, CEO da Bleecker Trading, de Nova York, à CNBC. “A galera mais jovem não quer ficar cavucando cards dos anos 1960, a não ser que seja de nomes como Mickey Mantle ou Hank Aaron. Além disso, a raridade e o preço desses cards antigos tornam difícil começar.”
Depois de quase sumir nos anos 1990 por conta do excesso de produção, o mercado de colecionáveis se recuperou. O crescimento acelerou ainda mais depois da pandemia, impulsionado por nostalgia, senso de comunidade e, para alguns, potencial de investimento.
Para muita gente, os cards criam um sentimento de pertencimento — seja trocando cartas ou jogando Pokémon ou Magic: The Gathering.
“Ainda existe uma comunidade muito unida entre quem joga, principalmente Pokémon e Magic“, diz Jason Howarth, vice-presidente sênior de marketing e relações esportivas da Panini America, fornecedora de cards esportivos para Target e Walmart. “Entre fãs de esportes, existe um clima de amizade em torno das trocas. E no caso do Pokémon, as noites de jogo continuam sendo importantes para manter esse universo vivo.”
Para quem pensa nos cards como investimento, os de Pokémon costumam ser mais rentáveis do que os esportivos, segundo Winkelried, da Bleecker Trading.
“Às vezes aparece um novato promissor, você compra o card esperando que ele valorize”, ele explica. “O preço pode variar de uma semana para a outra, como ação na bolsa.”
Ele completa: “Pokémon é quase uma commodity. O Pikachu não pode se machucar ou ser pego dirigindo bêbado. Como a oferta é limitada, o mercado é mais estável.”
Olhando além das festas, grandes redes estão investindo no futuro dos colecionáveis. A Target aposta em coleções exclusivas, lançamentos especiais e em atrair um público mais diverso.
“Nosso objetivo é ampliar o alcance dos cards, não só em idade, mas também em gênero”, afirma Gomez.
Isso já está acontecendo. A WNBA virou um dos segmentos que mais crescem nos cards esportivos, principalmente entre garotas.
E, com a Copa do Mundo de 2026 acontecendo nos EUA, Canadá e México, o futebol promete ser a próxima febre.
“Caitlin Clark, Paige Bueckers e Angel Reese ajudaram muito a bombar os cards da WNBA”, diz Howarth.
“Quando chegar junho, o mercado americano vai ser tomado pelo futebol. Os fãs já conhecem estrelas como Messi, mas com a Copa aqui, pelo menos quatro ou cinco jogadores vão explodir em popularidade e reconhecimento.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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