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Publicado 13/12/2024 • 11:17
KEY POINTS
Sócios da Portuguesa, clube tradicional de São Paulo que há anos enfrenta uma crise financeira, aprovaram a criação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) que será comandada pela Tauá Partners, XP Investimentos e Revee.
A proposta que prevê investimentos de R$ 1 bilhão foi aprovada com 86% dos votos. Agora, a “Lusa” prepara a assinatura de um contrato com investidores para concretizar a nova etapa de sua história. O acordo é válido por 50 anos, com a possibilidade de renovação por mais 50.
A oferta da SAF da Portuguesa é pela compra de 80% das ações do clube, e 20% restantes seguirão sob posse da associação. Na prática, a Tauá Partners assumirá a gestão do departamento de futebol. A empresa fará um aporte de R$ 30 milhões ao longo de 2025, e será responsável pela montagem da equipe, que disputará a Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e a Série B do Campeonato Brasileiro na próxima temporada.
Até 2029, o investimento no futebol será de R$ 263 milhões, distribuídos em folha salarial, compra de atletas, reformulação das categorias de base e a reforma do centro de treinamento esportivo. Dentro de campo, o objetivo é se manter na Série A-1 do Campeonato Paulista e conquistar novos acessos consecutivos nas divisões nacionais, recuperando o protagonismo dos anos 1970, 1980 e 1990.
A Revee será responsável pela gestão do Estádio do Canindé. A promessa é de uma reforma no local, transformando em uma moderna arena com capacidade para 30 mil pessoas. A ideia é ter um espaço de shows para competir com o Allianz Parque, a casa do Palmeiras em São Paulo.
O investimento financeiro terá o aporte da XP Investimentos. Atualmente, a dívida da Portuguesa está estimada em R$ 450 milhões. No acordo, os investidores se comprometem a quitar todas as pendências financeiras.
Tullo Cavallazzi Filho, advogado especializado em SAF, acredita que apesar do pouco tempo em que a lei das SAFs está em vigor – 3 anos – ela tem se consolidado cada vez mais no Brasil. “Eu diria que embora a gente tenha pouco tempo de lei, eu acredito que já houve uma adesão importante. Se nós formos ver, no Campeonato Brasileiro, dos dez primeiros colocados, cinco deles já são SAFs. Nas séries B e C, temos um número maior ainda”, disse em entrevista ao jornal Agora, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“É verdade que nesse primeiro momento, a grande parte do investimento foi para sociedades que estavam com dificuldades financeiras. O comentário do mercado é que passou uma ‘primeira onda’, dos clubes que estavam pré-falidos. Agora vem uma segunda onda de investimento, que não importa a situação do clube: importa que o investidor queira sim, ter uma atividade de entretenimento aqui no país”, completou.
Confira a entrevista completa ao jornalista Rafael Ihara, do Times Brasil.
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