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Ações da Puma despencam 17% após corte nas projeções de vendas e lucro devido a tarifas dos EUA

Publicado 25/07/2025 • 09:09 | Atualizado há 19 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • As ações da Puma chegaram a cair até 18% nesta sexta-feira (25), após a marca alemã de roupas esportivas divulgar vendas abaixo do esperado no segundo trimestre.
  • Além disso, a marca reduziu suas projeções para o ano, destacando o impacto das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.
  • Em uma atualização preliminar divulgada após o fechamento do mercado na quinta-feira, a varejista informou que agora espera uma queda de dois dígitos, embora de baixa magnitude, nas vendas anuais.

Foto: Divulgação/Bahia/Puma

As ações da Puma chegaram a cair até 18% nesta sexta-feira (25), após a marca alemã de roupas esportivas divulgar vendas abaixo do esperado no segundo trimestre e reduzir suas projeções para o ano, destacando o impacto das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.

Em uma atualização preliminar divulgada após o fechamento do mercado na quinta-feira, a varejista informou que agora espera uma queda de dois dígitos, embora de baixa magnitude, nas vendas anuais — em contraste com a previsão anterior de crescimento de um dígito, entre baixo e médio.

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A Puma também afirmou que espera registrar prejuízo operacional em 2025 — uma reviravolta significativa em relação à projeção anterior, que indicava lucro entre 445 milhões de euros (US$ 523 milhões) e 525 milhões de euros antes da consideração dos efeitos das tarifas.

Por volta das 11h no horário de Londres (6h da manhã no horário de Brasília), as ações reduziram levemente as perdas e operavam com queda de 17%.

“Em meio à contínua volatilidade geopolítica e macroeconômica, a Puma antecipa que os desafios — tanto do setor quanto específicos da empresa — continuarão impactando significativamente o desempenho em 2025”, disse a companhia em comunicado.

“Entre os principais fatores estão o enfraquecimento do momento da marca, mudanças na qualidade e na composição dos canais de venda, o impacto das tarifas dos EUA e o elevado nível de estoques”, acrescentou.

A empresa declarou que está reduzindo as importações da China para os Estados Unidos e que pretende aumentar os preços a partir do quarto trimestre, em outubro. Ainda assim, estima que as tarifas norte-americanas devem ter um impacto negativo mitigado de cerca de 80 milhões de euros no lucro bruto de 2025.

A Puma informou ainda que antecipou entregas aos EUA antes do prazo de vigência das tarifas, o que levou a um aumento dos estoques.

O CEO Arthur Hoeld — nomeado em 1º de julho para reestruturar a combalida marca esportiva — reconheceu falhas internas e afirmou que a empresa precisa reavaliar seu portfólio de produtos como parte de uma reformulação mais ampla da marca.

“Como empresa, precisamos fazer uma autocrítica rigorosa. Os resultados apresentados pelo mercado refletem claramente que não conseguimos cumprir as nossas próprias expectativas”, afirmou Hoeld em uma teleconferência após a divulgação dos resultados.

As vendas preliminares da Puma caíram 2% na comparação anual no segundo trimestre, ajustadas por câmbio, totalizando 1,94 bilhão de euros (US$ 2,27 bilhões) — abaixo dos 2,06 bilhões de euros estimados por analistas em pesquisa da LSEG.

O prejuízo operacional ajustado do trimestre, excluindo custos extraordinários, foi de 13,2 milhões de euros. A Puma registrou custos únicos de 84,6 milhões de euros, relacionados principalmente ao seu programa de eficiência de custos, no segundo trimestre.

A queda nas vendas foi puxada principalmente por um recuo de 9% na América do Norte, além de retrações na Europa e na região Ásia-Pacífico.

O valor das ações da Puma já caiu pela metade em 2025, em meio a pressões comerciais e à redução da demanda do consumidor no competitivo mercado de roupas esportivas.

Em maio, a empresa já havia sinalizado que esperava aumentos generalizados de preços no setor como resultado das tarifas comerciais, mas destacou que as marcas com maior presença nos Estados Unidos deveriam liderar esse movimento.

“Não queremos ser os líderes no aumento de preços no mercado dos EUA”, disse o diretor financeiro Markus Neubrand na ocasião. “Existem outros players no setor para os quais o mercado americano é muito mais relevante.”

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