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Axia destrava R$ 30 bilhões e prepara “megabonificação” para acionistas; entenda
Publicado 19/12/2025 • 19:19 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 19/12/2025 • 19:19 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Divulgação.
A Eletrobras adotou o nome AXIA Energia, consolidando-se como a maior geradora de energia renovável do Hemisfério Sul.
A Axia Energia, antiga Eletrobras, aprovou nesta sexta-feira (19) um aumento de capital social que vai permitir a distribuição de R$ 30 bilhões em reservas de lucro aos acionistas por meio de bonificação em ações. A operação, aprovada em assembleia, está entre as maiores movimentações de capital da companhia desde a privatização e ocorre em meio à mudança no regime de tributação de dividendos prevista para 2026.
A distribuição será feita por meio da criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC), que será entregue a todos os acionistas na proporção de sua participação no capital social. As ações PNC terão direito a voto no modelo “one share, one vote”, característica incomum para preferenciais, e contarão com tag along de 100%.
A Axia possuía quase R$ 40 bilhões em reservas de lucro acumuladas até o terceiro trimestre de 2025. Desse total, R$ 30 bilhões serão capitalizados na operação agora aprovada, o que vai elevar o capital social da companhia para R$ 100,13 bilhões.
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As ações PNC terão caráter transitório. O plano aprovado prevê um cronograma mínimo de conversão obrigatória em ações ordinárias entre 2027 e 2031, com pelo menos 4% do volume convertido a cada ano até 2030, e a conversão total do saldo remanescente em 2031. A companhia, no entanto, poderá antecipar esse processo, ou propor resgates parciais ou totais das PNCs, caso avalie que dispõe de caixa suficiente.
Para analistas, a estrutura foi desenhada para dar flexibilidade financeira à empresa e eficiência tributária aos acionistas. Em relatório, o Citi avaliou que, “na prática, a Axia está convertendo um grande saldo de lucros retidos em um instrumento de longo prazo, resgatável de forma opcional, cuja monetização pode ser administrada de maneira mais eficiente do ponto de vista tributário”.
A operação é vista pelo mercado como uma resposta direta à tributação de dividendos a partir de 2026, prevista na reforma do Imposto de Renda aprovada pelo Congresso. Dividendos declarados ainda em 2025 permanecem isentos de imposto para pessoas físicas, o que tem levado diversas companhias a acelerar anúncios de distribuições extraordinárias.
No caso da Axia, a alternativa da bonificação em ações permite destravar reservas acumuladas ainda no período em que a empresa era estatal, quando registrava resultados contábeis positivos, mas não gerava caixa suficiente para distribuir dividendos de forma recorrente.
A companhia já havia anunciado dividendos recordes de R$ 8,3 bilhões em 2025, após concluir uma reestruturação interna iniciada em 2022 e diante de um cenário mais favorável para os preços de energia. A nova operação reforça essa estratégia de retorno ao acionista.
Ao mesmo tempo, a Axia prepara o terreno para migrar ao Novo Mercado da B3 em 2026, segmento que reúne empresas com os mais elevados padrões de governança corporativa. A criação de ações com direito a voto e a eliminação gradual de estruturas diferenciadas de ações são parte desse processo.
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Para viabilizar o prêmio de 10% em dividendos a que os acionistas preferenciais têm direito, a companhia também aprovou a criação de uma nova classe de ações preferenciais imediata e compulsoriamente resgatáveis (PNR). Os detentores de ações preferenciais classe A (PNA) e B (PNB) receberão essas PNRs, que serão resgatadas automaticamente, com pagamento de R$ 54,38 por ação, valor 10% superior ao atribuído às PNCs.
As novas ações PNC começam a ser negociadas na B3 em 22 de dezembro, com crédito nas posições dos acionistas em 26 de dezembro. Frações poderão ser recombinadas até janeiro, e os lotes remanescentes serão vendidos em leilão, com repasse dos valores aos investidores.
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