O Bitcoin e outras criptomoedas sofreram pressão nesta quinta-feira (3) após o anúncio das novas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, que impactou o mercado de ações.
De acordo com a Coin Metrics, o preço da principal criptomoeda caiu 4%, sendo negociado a US$ 82.413,22. O Ether registrou uma queda de 7%, enquanto o token da Solana despencou 13%.
Enquanto isso, as ações também sofreram um forte recuo, com o índice S&P 500 a caminho de seu pior dia desde setembro de 2022. Os papéis da Coinbase e da MicroStrategy caíram mais de 7% cada.
Os investidores foram abalados depois que Trump anunciou tarifas abrangentes de pelo menos 10%, com valores ainda mais altos para alguns países, intensificando temores de uma guerra comercial global.
“O Bitcoin se movimenta na interseção entre narrativa, liquidez e alavancagem. No momento, ele está sendo negociado principalmente como um ativo macro de alta volatilidade, acompanhando os rendimentos reais, as expectativas de taxa de juros e a força do dólar”, disse Ben Kurland, CEO da plataforma de pesquisa em cripto DYOR.
“Os rendimentos recuaram, os ativos de risco tiveram uma recuperação e o Bitcoin respondeu instantaneamente”, acrescentou. “Hoje, não se trata dos fundamentos das criptomoedas, mas sim de sinais globais de liquidez e posicionamento. Quando as taxas reais caem e o dólar enfraquece, o Bitcoin ganha fôlego.”
O Bitcoin tem sido negociado na faixa de US$ 80 mil a US$ 90 mil na maior parte do último mês, com os investidores seguindo os movimentos do mercado acionário na ausência de um catalisador específico para o setor cripto.
O mercado de criptomoedas demonstrou resiliência em relação às ações, segundo David Hernandez, especialista em investimentos em cripto da 21Shares. Ele destacou que o Bitcoin se manter acima de um suporte técnico importante indica uma forte demanda subjacente.
“Embora as tarifas tenham sido um pouco mais altas do que o esperado, o anúncio trouxe a clareza necessária sobre o alcance e a escala da política”, disse Hernandez. “Os mercados prosperam com certeza, e com a especulação agora reduzida, os investidores institucionais podem ver uma oportunidade nos próximos dias para aproveitar as avaliações comprimidas.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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