O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, considera que o Brasil terá um “retorno rápido” das exportações aos nove países que optaram por suspender a compra de carne de frango de todo o território nacional em função da descoberta de um foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, na semana passada.
Outros países decidiram pelo corte parcial das transações, ou seja, impuseram a restrição apenas no Estado atingido.
“Nós estamos fazendo o que tem que ser feito, estamos adotando aquilo que é apregoado. Estamos fazendo tudo bem feitinho, por isso devemos ter um retorno rápido. Ao passar essa confiança, essa clareza, essa transparência, a gente se habilita a ter um retorno mais rápido… Ainda que não dê para dizer exatamente quando, porque isso depende de país para país”, disse Rua ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC.
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Rua segue em viagem à China para participar de eventos que buscam justamente aumentar as exportações, incluindo no setor de carne. Os chineses estão entre aqueles que optaram pela suspensão total das compras do frango brasileiro. Rua admite que o fato de estar no país ajuda nas tratativas por uma flexibilização da decisão o quanto antes.
“É um trabalho contínuo para a gente flexibilizar ou reverter totalmente essas suspensões. O ideal é (conseguir a flexibilização para a restrição ser mantida) no raio de 10 km ou até uma reversão. Mas cada país tomará uma medida. Pela experiência do caso New Casttle) entendemos que cada país toma uma atitude. Mas algum tipo de flexibilização a gente espera com certeza”, declarou.
No caso da New Casttle, a China mantém até hoje a suspensão das compras de frango do Rio Grande do Sul.
Rua ressalta que o Brasil é o último a ter incidência da gripe aviária entre os grandes exportadores, demonstrando, na visão dele, que “o Brasil tem um sistema sanitário muito robusto”. “As medidas estão sendo tomadas em conjunto pelo MAPA com a defesa estadual do RS. A mobilização está sendo feita conforme manda o figurino”, frisou.
“Estamos mandando todas as informações e esperamos que esses países que fecharam totalmente ao Brasil possam reavaliar”, acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade de novos focos da gripe aviária serem identificados no Brasil, Rua minimizou: “Todos os dias têm suspeita”.
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