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De onde virá o aço verde? A resposta de Gustavo Pimenta, CEO da Vale
Publicado 27/06/2025 • 19:39 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 27/06/2025 • 19:39 | Atualizado há 2 semanas
Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O CEO da Vale, Gustavo Pimenta nesta sexta-feira (27)
O Brasil se vê desafiado a redefinir seu modelo de desenvolvimento econômico à luz das urgências ambientais e das transformações energéticas globais.
Gustavo Pimenta, CEO da Vale, participou hoje de um encontro reservado com líderes empresariais e autoridades para discutir os rumos da mineração, da logística e da energia no país.
Em sua fala, Pimenta destacou que o setor siderúrgico, um dos mais emissores do mundo está diante de uma oportunidade histórica: a produção de aço verde como vetor de um novo ciclo industrial sustentável. “A partir do gás natural e, depois, do hidrogênio, é possível produzir aço sem emissões. E temos condições únicas para isso”, afirmou. O Nordeste, com sua alta penetração de energias renováveis, surge como território promissor para a geração de hidrogênio verde, capaz de alimentar uma cadeia siderúrgica 100% limpa.
O impacto dessa transformação vai muito além da indústria: “Amanhã, você pode ter um carro 100% verde, ou produtos sem pegada de carbono. O valor pode ser competitivo com combustíveis fósseis e precisamos acelerar esse futuro e fazê-lo chegar mais rápido”, defendeu o executivo.
Essa visão está ancorada em um processo mais amplo de modernização interna da empresa. Segundo Pimenta, a Vale passou por uma transformação cultural profunda. “Hoje, fazemos uma mineração mais moderna, com responsabilidade. Criamos conceitos como a linha de defesa, aprimoramos o monitoramento, auditamos riscos e operamos com outra maturidade.” Trata-se, segundo ele, de uma virada de chave em direção a uma mineração que alia segurança, governança e inovação.
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Ele também comenta como a tecnologia tem desempenhado papel central. Um exemplo citado foi o uso de caminhões autônomos, que, além de aumentarem a segurança, operam com eficiência superior à de veículos tripulados. “Eles têm de 20% a 30% mais disponibilidade. Podem operar com neblina, em condições adversas, e sem interrupções.” A automação é uma forma de construir uma mineração mais inteligente e resiliente.
Para Pimenta, a mineração é e continuará sendo a base de tudo o que permite avanço. “Vivemos mais e melhor hoje porque mineramos ao longo das últimas décadas. E o futuro exigirá ainda mais.” Ele cita estudos que projetam um aumento de cinco a dez vezes na demanda global por minerais nas próximas décadas, impulsionado por tecnologias como a inteligência artificial, a digitalização e a transição energética. “Não existe IA sem mineração, sem minerais críticos”, afirmou. “Na nossa visão, os minerais serão o petróleo do próximo século. E o Brasil tem a tabela periódica no seu território”.
Diante disso, ele conclui: o país tem uma posição estratégica a ocupar. Como um grande ofertante de insumos essenciais para um mundo em transição e descarbonização.
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