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Boletim B3

Day trade exige conhecimento técnico e gerenciamento de risco

Publicado 11/04/2025 • 12:29 | Atualizado há 2 dias

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O mercado de capitais abriga diferentes estratégias para operar ativos financeiros. Uma das modalidades mais conhecidas é o day trade, operação que consiste na compra e venda de um mesmo ativo dentro de um único pregão. A estratégia ganhou visibilidade com o crescimento das plataformas digitais de negociação e o aumento do número de investidores pessoa física na bolsa de valores brasileira.
  • O day trade envolve uma dinâmica diferente daquelas adotadas em estratégias de médio ou longo prazo. Não há expectativa de valorização contínua do ativo ao longo dos meses. A operação é baseada na análise de gráficos e indicadores técnicos que apontam possíveis tendências de curto prazo.
  • Uma das principais ferramentas utilizadas no day trade é o stop loss. Trata-se de uma ordem de venda programada que encerra automaticamente a posição quando o ativo atinge determinado patamar de queda. Seu objetivo é limitar a perda e proteger o capital do investidor em caso de movimento contrário ao planejado.

O mercado de capitais abriga diferentes estratégias para operar ativos financeiros. Uma das modalidades mais conhecidas é o day trade, operação que consiste na compra e venda de um mesmo ativo dentro de um único pregão. A estratégia ganhou visibilidade com o crescimento das plataformas digitais de negociação e o aumento do número de investidores pessoa física na bolsa de valores brasileira.

A prática, no entanto, apresenta características específicas que diferem de outras abordagens de investimento. No day trade, o objetivo é aproveitar variações de preço que ocorrem ao longo do dia para gerar lucro a partir dessas oscilações. Para isso, o operador precisa identificar movimentos de alta ou baixa em janelas de tempo curtas e executar as ordens com rapidez e precisão.

A operação pode ser realizada com ações, contratos futuros, opções, fundos de índice (ETFs), entre outros ativos listados na bolsa. No Brasil, todas as transações são registradas na B3, que oferece infraestrutura para execução das ordens e guarda dos ativos.

Estrutura da operação

O day trade envolve uma dinâmica diferente daquelas adotadas em estratégias de médio ou longo prazo. Não há expectativa de valorização contínua do ativo ao longo dos meses. A operação é baseada na análise de gráficos e indicadores técnicos que apontam possíveis tendências de curto prazo.

As ordens de compra e venda precisam ser concluídas até o fim do pregão. Isso significa que, ao final do dia, o operador não deve manter nenhuma posição em aberto. Essa característica reduz o impacto de eventos externos ocorridos fora do horário de negociação, mas aumenta a exposição à volatilidade intradiária dos preços.

Para operar nessa modalidade, o investidor precisa de uma conta ativa em uma corretora e acesso a uma plataforma de negociação que permita o acompanhamento em tempo real dos preços, gráficos e execução rápida das ordens. O uso de roteadores automáticos, conhecidos como robôs, também é permitido, desde que respeitadas as regras da bolsa e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Perfil necessário

O day trade não é recomendado para perfis iniciantes ou para aqueles que não dispõem de tempo e conhecimento para acompanhar o mercado de forma contínua. A estratégia exige atenção às movimentações de preços e análise técnica dos ativos.

Operar com frequência sem conhecimento técnico pode levar à exposição descontrolada ao risco. De acordo com dados apresentados em estudos sobre o comportamento dos investidores, a maior parte dos operadores que ingressa na atividade de day trade apresenta prejuízo após um período prolongado de operação.

O investidor que pretende seguir esse caminho precisa entender os custos envolvidos, os tributos aplicáveis e as ferramentas disponíveis para controle das operações. Também é necessário desenvolver disciplina e seguir regras claras para entrada e saída das operações, reduzindo o impacto de decisões tomadas sob pressão.

Ferramentas de controle

Uma das principais ferramentas utilizadas no day trade é o stop loss. Trata-se de uma ordem de venda programada que encerra automaticamente a posição quando o ativo atinge determinado patamar de queda. Seu objetivo é limitar a perda e proteger o capital do investidor em caso de movimento contrário ao planejado.

Outra ferramenta importante é o stop gain, ordem que realiza a venda quando o ativo atinge uma valorização previamente estipulada. Com isso, o operador consegue garantir um ganho antes que o mercado reverta a tendência.

Esses dois mecanismos funcionam como instrumentos de automação da disciplina operacional. Ao definir previamente os pontos de corte para ganhos e perdas, o operador evita reações impulsivas durante a oscilação dos preços. Também reduz o impacto emocional que pode interferir na tomada de decisão.

Gerenciamento de risco

O gerenciamento de risco é parte essencial da estratégia de day trade. O operador precisa definir, antes do início das operações, qual será o limite de perda diária que está disposto a aceitar. Essa prática permite encerrar as atividades quando esse limite é atingido, evitando que prejuízos pontuais comprometam o resultado total da carteira.

Outro ponto central do gerenciamento é o dimensionamento da posição. Isso significa estabelecer quanto do capital total será alocado em cada operação. O uso de posições muito grandes pode aumentar a exposição ao risco, especialmente em ativos com alta volatilidade.

A relação entre risco e retorno também deve ser planejada. Operações que oferecem ganhos potenciais menores que as perdas previstas tendem a apresentar resultado negativo no longo prazo. Por isso, muitos operadores utilizam métricas como a razão risco/retorno para avaliar a viabilidade de uma entrada.

Além disso, é recomendável manter uma estratégia de diversificação mesmo dentro da prática de day trade. Isso pode ser feito operando ativos de setores distintos ou utilizando diferentes janelas de tempo para análise dos gráficos. A diversificação reduz a dependência de um único ativo ou evento e distribui o risco da carteira.

Custos e tributos

As operações de day trade estão sujeitas a custos operacionais e tributação específica. As corretoras costumam cobrar taxas de corretagem sobre cada ordem executada. Também há cobrança de emolumentos pela B3, que variam conforme o tipo de ativo negociado.

No que se refere à tributação, o imposto de renda sobre os lucros líquidos obtidos em operações de day trade é de 20%. O imposto deve ser recolhido até o último dia útil do mês seguinte à operação, por meio de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). Não há isenção, independentemente do valor da operação.

A apuração dos resultados e o controle das obrigações fiscais são de responsabilidade do próprio investidor. A não observância dos prazos pode acarretar multas e encargos adicionais.

Capacitação e simulações

Antes de iniciar as operações reais, é possível simular a prática de day trade em ambientes de teste oferecidos por algumas corretoras. Essas plataformas permitem ao usuário realizar operações fictícias com cotações em tempo real, utilizando um capital virtual. A experiência ajuda a entender o funcionamento das ordens, testar estratégias e aprimorar o controle emocional.

Além disso, há cursos, materiais didáticos e treinamentos oferecidos por instituições autorizadas. A B3 mantém conteúdos gratuitos e pagos voltados ao público interessado em operar ativos de renda variável, com foco em análise técnica, ferramentas operacionais e gestão de risco.

A capacitação prévia é um passo importante para avaliar se o perfil do investidor é compatível com as exigências do day trade. O conhecimento sobre o funcionamento dos mercados e a aplicação das técnicas operacionais pode reduzir a exposição a perdas inesperadas.

Aspectos regulatórios

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acompanha o crescimento da atividade de day trade no Brasil e já emitiu alertas sobre os riscos da prática. A autarquia destaca que o investimento em renda variável deve estar alinhado ao perfil do investidor e que as decisões devem ser tomadas com base em informações claras e completas.

A B3 também disponibiliza manuais, relatórios e ferramentas de apoio para investidores que atuam com frequência. O objetivo é garantir a segurança das operações e a transparência no acesso às informações.

Operadores que desejam atuar profissionalmente, gerenciando recursos de terceiros ou prestando serviços de consultoria, precisam seguir regras específicas e obter autorização junto aos órgãos reguladores.

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