AstraZeneca investirá US$ 2,5 bilhões em centro de P&D em Pequim
Publicado 21/03/2025 • 12:59 | Atualizado há 14 horas
Publicado 21/03/2025 • 12:59 | Atualizado há 14 horas
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Vacina da AstraZeneca.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.
A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou na sexta-feira (15) um investimento de US$ 2,5 bilhões na construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Pequim, meses após enfrentar uma investigação de autoridades chinesas sobre supostas irregularidades em taxas de importação.
Com a nova unidade, a empresa expandirá sua força de trabalho na capital chinesa para cerca de 1,7 mil funcionários. O investimento faz parte de uma parceria com o governo municipal de Pequim e o Escritório Administrativo da Área de Desenvolvimento Econômico-Tecnológico da cidade.
Como parte do acordo, a AstraZeneca fechará parcerias de P&D com as empresas de biotecnologia Harbour BioMed e Syneron Bio. Além disso, a farmacêutica firmará uma joint venture com a BioKangtai para desenvolver, produzir e comercializar vacinas contra doenças respiratórias e outras enfermidades infecciosas. A parceria também prevê a instalação da primeira fábrica de vacinas da AstraZeneca na China.
Este será o segundo centro de P&D da AstraZeneca no país, já que a empresa mantém uma estrutura semelhante em Xangai. O CEO da companhia, Pascal Soriot, destacou a importância da nova unidade para a inovação global da farmacêutica.
“O centro de Pequim trabalhará em parceria com pesquisas avançadas em biologia e inteligência artificial, tornando-se peça-chave no nosso esforço global para levar medicamentos inovadores a pacientes em todo o mundo”, disse Soriot em comunicado.
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Apesar da aposta na China, Soriot reforçou o comprometimento da AstraZeneca com os Estados Unidos, onde mantém dois grandes centros de P&D. Empresas europeias, como a AstraZeneca, vêm enfrentando pressões comerciais dos EUA para reduzir déficits comerciais e incentivar a produção no país, especialmente sob a política protecionista do segundo governo de Donald Trump.
A AstraZeneca está sob investigação na China por supostas irregularidades em tarifas de importação. No mês passado, a empresa informou que pode ser multada em até US$ 4,5 milhões, por US$ 900 mil em tributos não pagos.
A companhia esclareceu que os valores estão ligados às importações dos medicamentos contra o câncer Imfinzi e Imjudo. Segundo o relatório financeiro divulgado em fevereiro, as autoridades chinesas continuam analisando o caso, e a AstraZeneca segue colaborando com as investigações.
Apesar disso, Pascal Soriot afirmou à CNBC que a decisão de investir em Pequim não está relacionada à investigação. “Estamos comprometidos com a China há muito tempo. Nos últimos dois anos, investimos US$ 10 bilhões em mais de 10 parcerias de P&D com empresas locais de biotecnologia”, disse o CEO.
Ele também minimizou os impactos da investigação para os negócios da AstraZeneca. “Empresas do nosso porte sempre enfrentarão desafios e períodos turbulentos. Mas esse investimento foi planejado muito antes dessas questões tributárias.”
Na bolsa de Londres, as ações da AstraZeneca registraram uma leve queda de 0,9% na sexta-feira (15), às 12h28 (horário local).
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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