O dinheiro pode ser verde, mas a cor da riqueza é ‘Mocha Mousse’

A cor do ano de 2025, segundo o Pantone Color Institute, foi batizada de “Mocha Mousse”, descrita como “um tom marrom acolhedor, repleto de riqueza”.

Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute, descreveu a tonalidade como “sofisticada e exuberante, mas ao mesmo tempo um clássico despretensioso”.

No conceito de “luxo silencioso”, o tom suave “expande nossa percepção dos marrons, que deixam de ser humildes e terrosos para abraçar algo aspiracional e luxuoso”, disse ela em comunicado.

O “luxo silencioso”, caracterizado por esses tons suaves, ganhou força após o julgamento do acidente de esqui de Gwyneth Paltrow em 2023, mas se manteve relevante ao longo do tempo.

A tendência encontrou uma fórmula que funciona e pode ser facilmente replicada com cores neutras ou looks completamente monocromáticos, de acordo com Thomaï Serdari, professora de marketing e diretora do programa de moda e luxo da Stern School of Business da Universidade de Nova York.

Mocha Mousse: ‘Riqueza inerente’ e ‘conforto acolhedor’

“Não estou surpresa com a durabilidade do conceito de luxo silencioso, pois ele deu aos consumidores uma nova maneira de identificar novos neutros que funcionam com diversos estilos de vida”, afirmou Serdari.

Ela também observou que, ao se aproximar de um novo ano com uma nova administração, a cor do momento parece ser inofensiva. “Se o ‘Mocha Mousse’ pudesse expressar sentimentos, seriam de cautela, segurança e um estado permanente de suspense”, acrescentou.

Sentir conforto e harmonia em “um mundo em constante mudança” e se entregar a “momentos para si”, como descreve o Pantone, pode ser exatamente o que os consumidores estão buscando.

A “riqueza inerente” e o “conforto acolhedor” do Mocha Mousse se estendem ainda mais ao nosso desejo de conforto, afirmou Laurie Pressman, vice-presidente do Pantone Color Institute, também em comunicado.

Ellyn Briggs, analista de marcas da Morning Consult, prevê uma priorização maior do “autocuidado” entre os consumidores em 2025. “O clima agora é, em grande parte, de fadiga”, disse Briggs.

Durante os anos de pandemia, a ideia de autocuidado esteve intimamente ligada à saúde física e ao “curtir seu próprio espaço” durante o confinamento, afirmou ela. No próximo ano, o autocuidado se manifestará na forma de conexões com os outros, mais focado na “saúde mental”, segundo Briggs.

“Muitas mulheres, especialmente, estão se sentindo desconcertadas com o resultado da eleição”, disse ela. “Como as mulheres impulsionam tantas tendências de consumo, seja online ou offline, as marcas definitivamente precisarão se conectar com esse sentimento.”