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‘A longo prazo, o comércio mundial todo se enfraquece’, diz economista sobre taxação de Trump

Publicado 05/03/2025 • 13:55 | Atualizado há 3 semanas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • As tarifas de Trump sobre produtos de outros países, que começaram a valer na última terça-feira (04), estão sofrendo retaliações de países como Canadá, China e México.
  • 'A gente pode se favorecer no início por conta exatamente do comércio com outros países. A China vai comprar mais do Brasil', disse Chaia.
  • O Estados Unidos se beneficia muito do comércio com outros países, pois suas multinacionais produzem fora, onde os custos são mais baixos, e vendem para o próprio país, gerando renda.

As tarifas de Trump sobre produtos de outros países, que começaram a valer na última terça-feira (4), estão sofrendo retaliações de países como Canadá, China e México e gerando discussões devido aos impactos negativos que podem ocorrer em todos os países.

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta quarta-feira (05), Alexandre Chaia, economista, professor do Insper e sócio da Carmel Capital, comentou sobre os impactos dessas taxas.

Segundo Chaia, a taxação pode ser positiva para o Brasil no curto prazo.

“A gente pode se favorecer no início por conta exatamente do comércio com outros países. A China vai comprar mais do Brasil, a Europa, se tiver essa taxação, vai acabar aumentando o comércio com a América do Sul, com o Mercosul, e a gente tende a ganhar com isso. Só que, a longo prazo, o comércio mundial todo se enfraquece.”, disse.

Ele ainda complementou, dizendo que a fala de Trump de que “outros países se aproveitam dos Estados Unidos” não é verdadeira.

“Essa fala não tem fundamento, é uma mentira. Os Estados Unidos se beneficiam muito do comércio com outros países, pois suas multinacionais produzem fora, onde os custos são mais baixos, e vendem para o próprio país, gerando renda. O comércio mundial é dominado pelos EUA, com suas indústrias e empresas de tecnologia produzindo fora e vendendo para lá, com os lucros retornando para o país. Trump está focado no trabalhador que perdeu o emprego, mas não entende o impacto global do comércio.”

O economista também explicou ser impossível prever se a alta valorização do dólar pode compensar parte das tarifas, como sugere Trump.

“Nós não temos certeza sobre o que vai acontecer com o dólar. Existem vários fatores. Se começar a ter investimentos maciços do mundo inteiro, a tendência é que o dólar perca força e outros ativos entrem. Isso é possível, mas é um argumento que o Trump não tem certeza. Ele fez essa afirmação para evitar que as pessoas critiquem o plano dele, que é um plano inflacionário.”

Por fim, ele destacou que Trump pode estar dando um “tiro no pé” com esse plano.

“Bom, não tem como afirmar qual o pensamento dele, mas acredito que ele não saiba o que está falando, porque a inflação nos Estados Unidos vai subir devido ao custo. A massa salarial do país é muito mais alta do que o resto do mundo. Está falando de energia no país, como o próprio exemplo do aço e alumínio que ele está querendo levar para o país. A mão de obra comparada ao Brasil é muito maior e a energia aqui é muito mais barata. Então, no final das contas, a produção vai acabar subindo, mesmo com tarifas. Isso não tem o menor fundamento econômico.”

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