Ações da chinesa CATL sobem mais de 18% em estreia em Hong Kong após maior IPO do ano
Publicado 20/05/2025 • 06:53 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 20/05/2025 • 06:53 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Mercado de ações.
Pixabay.
As ações da Contemporary Amperex Technology (CATL), maior fabricante de baterias do mundo, subiram mais de 18% em sua estreia na bolsa de Hong Kong nesta terça-feira, impulsionadas pela aposta de investidores no crescimento do mercado de veículos elétricos.
Os papéis estavam sendo negociados a 309 dólares de Hong Kong (HKD) cada na bolsa local, em comparação com o preço inicial da oferta pública (IPO), de HK$ 263 por ação.
A abertura de capital levantou HK$ 35,7 bilhões (cerca de US$ 4,6 bilhões), segundo documento da empresa — o que a torna, segundo relatos, a maior oferta pública do ano no mundo. As ações da CATL, que haviam começado o dia em queda na bolsa de Shenzhen, na China continental, inverteram a tendência e fecharam em alta de 1,5%, a 264 yuans.
“Eu acredito que, à medida que as ações H [de Hong Kong] continuarem com bom desempenho, isso puxará para cima também as ações A [da China continental]”, afirmou Neil Beveridge, analista sênior da Bernstein, ao programa The China Connection da CNBC.
“Para as ações H estarem sendo negociadas acima das A, isso mostra o quão excepcional é a demanda por essa empresa, especialmente entre investidores globais”, acrescentou.
A CATL informou em seu prospecto de Hong Kong que 90% dos recursos captados serão usados para construir uma nova fábrica na Hungria, que fornecerá baterias para montadoras europeias como Stellantis, BMW e Volkswagen.
“A Europa é um mercado extremamente importante para a CATL”, disse Beveridge. Segundo ele, o crescimento da empresa na China deve desacelerar nos próximos anos, já que a penetração de vendas por lá já é alta. “Na Europa, a penetração está em torno de 20% a 25%, então ainda há muito espaço para crescer”, destacou.
A expansão europeia da CATL acontece em paralelo à investida global de outras montadoras chinesas de veículos elétricos, como a BYD. Esses movimentos ocorrem em meio ao aumento do escrutínio por parte dos EUA e da União Europeia, que no ano passado impuseram tarifas sobre veículos elétricos produzidos na China, alegando práticas comerciais desleais.
A CATL também foi envolvida nas tensões comerciais entre EUA e China no início deste ano, quando o Pentágono a incluiu numa lista de vigilância por suspeitas de ligações com o exército chinês — acusações que a empresa nega.
Segundo Bill Russo, CEO da consultoria Automobility, a inclusão na lista, somada às novas tarifas impostas por Trump, pode complicar os negócios da empresa ligados aos EUA.
No entanto, o impacto sobre suas ambições globais deve ser limitado, a menos que haja restrições multilaterais mais amplas, disse Russo. A estratégia central da CATL permanece voltada para a Europa e mercados emergentes.
Em março, a CATL reportou uma queda de 9,7% na receita anual de 2024, impactada pela forte concorrência no mercado de veículos elétricos da China, o que pressionou os resultados do maior produtor mundial de baterias. Ainda assim, o lucro líquido da empresa subiu 15% em relação ao ano anterior.
A demanda por veículos elétricos na China, um mercado crucial para a CATL, ganhou força no ano passado, impulsionada por subsídios e incentivos ao consumidor. As vendas de elétricos no país saltaram para 11 milhões de unidades em 2024 — um aumento de 40% em relação ao ano anterior, segundo dados da consultoria britânica Rho Motion.
“Somos grandes investidores na CATL dentro da nossa estratégia global de veículos elétricos. A empresa é fenomenal, na minha opinião, é ‘obrigatória’ para quem investe no setor, assim como a BYD”, disse Brendan Ahern, diretor de investimentos da KraneShares.
O IPO em Hong Kong teve como coordenadores conjuntos o Bank of America, China International Capital Corporation, Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan Chase.
Em entrevista à CNBC nesta terça-feira, Andy Maynard, diretor da China Renaissance, afirmou que a abertura de capital da CATL mostra que investidores ainda olham para a China em busca de empresas de qualidade, apesar das tensões comerciais entre Pequim e Washington.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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