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Dirigente do BCE defende cautela em cortes de juros por núcleo de inflação e ‘Risco Trump’

Publicado 25/11/2024 • 15:58

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Joachim Nagel, defendeu uma abordagem "cautelosa" na definição dos próximos passos da política monetária.
  • Segundo o BCE, isso se deve à persistência do núcleo de inflação na zona do euro e aos riscos associados à gestão do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
  • Nagel explicou que as projeções do Banco Central da Alemanha, do qual ele é presidente, ainda não consideram as eventuais tarifas do governo Trump, já que não houve anúncios concretos até o momento.
Fachada do Banco Central Europeu (BCE).

Fachada do Banco Central Europeu (BCE).

Reprodução Pixabay.

O dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Joachim Nagel, defendeu nesta segunda-feira (25) uma abordagem “cautelosa” na definição dos próximos passos da política monetária. Isso se deve à persistência do núcleo de inflação na zona do euro e aos riscos associados à gestão do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

“É importante permanecer cauteloso e afrouxar a política monetária apenas gradualmente, e não rapidamente demais”, argumentou o dirigente em um discurso preparado para um evento da International School of Management (ISM).

Impactos potenciais das tarifas de Trump

Nagel explicou que as projeções do Banco Central da Alemanha, do qual ele é presidente, ainda não consideram as eventuais tarifas do governo Trump, já que não houve anúncios concretos até o momento.

No entanto, a postura protecionista dos EUA poderia pressionar o desempenho econômico e elevar a inflação na Europa, segundo o dirigente.

Preocupações com o núcleo de inflação

“O contínuo elevado núcleo de inflação, que exclui os voláteis preços dos produtos energéticos e alimentares, também exige cautela”, acrescentou ele. Nagel também alerta para o risco de um arrefecimento mais lento do crescimento salarial.

Decisões futuras do BCE

De qualquer forma, Nagel assegurou que o BCE tomará uma decisão apenas em dezembro, com base nos dados disponíveis na ocasião. “O Conselho não está comprometido com uma trajetória específica para as taxas de juros. Decidimos de reunião em reunião como proceder”, disse.

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