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Bessent e vice-premiê chinês vão se reunir para tentar conter escalada de tarifas dos EUA
Publicado 18/10/2025 • 09:15 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 18/10/2025 • 09:15 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Bandeiras dos EUA e da China
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou nesta sexta-feira (17) que espera se reunir na próxima semana com o vice-premiê chinês He Lifeng, na Malásia, para tentar evitar uma escalada das tarifas estadunidenses sobre produtos chineses.
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Bessent fez o anúncio durante uma reunião de gabinete na Casa Branca e depois confirmou os planos para o encontro, após uma ligação com He na noite nesta sexta-feira (17). Em publicação na rede X, o secretário afirmou que os dois “mantiveram discussões francas e detalhadas sobre o comércio entre os Estados Unidos e a China”. “Nos encontraremos pessoalmente na próxima semana para dar continuidade às nossas discussões”, escreveu Bessent.
A agência estatal chinesa Xinhua informou que He e Bessent tiveram “discussões francas, profundas e construtivas sobre questões centrais das relações econômicas e comerciais bilaterais” em uma videoconferência, e concordaram em realizar uma nova rodada de negociações comerciais o quanto antes.
Os dois já haviam se reunido em quatro cidades europeias ao longo de seis meses para negociar uma trégua tarifária que reduziu tarifas que haviam atingido níveis de três dígitos em ambos os países. Esse acordo expira em 10 de novembro.
Uma reunião na Malásia transferiria o diálogo para um país do Sudeste Asiático que mantém intenso comércio tanto com a China quanto com os Estados Unidos, e cujos produtos estão atualmente sujeitos a uma tarifa de 19% imposta por Trump. O país também enfrenta a ameaça de uma tarifa estadunidense de 100% sobre semicondutores e dispositivos eletrônicos derivados, sob uma revisão comercial de segurança nacional.
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Nesta sexta-feira (17), Trump responsabilizou Pequim pela disputa sobre as amplas restrições chinesas à exportação de minerais e ímãs de terras raras. Ele ameaçou impor uma tarifa adicional de 100% sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro, caso o governo chinês não suspenda as restrições.
Questionado se uma tarifa tão alta seria sustentável e qual seria o impacto sobre a economia dos EUA, Trump respondeu: “Não é sustentável, mas esse é o número.” “Eles me forçaram a fazer isso”, disse o presidente em entrevista à Fox Business Network.
Trump também ameaçou adotar novos controles de exportação dos EUA que interromperiam o fornecimento de “qualquer software essencial”.
As novas medidas comerciais foram uma reação de Trump à expansão drástica dos controles de exportação chineses sobre elementos de terras raras. A China domina o mercado desses minerais, essenciais à fabricação de produtos tecnológicos.
Trump confirmou que se reunirá com o presidente chinês Xi Jinping daqui a duas semanas, na Coreia do Sul, e expressou admiração pelo líder chinês. Trump ainda declarou: “A China quer conversar, e nós gostamos de conversar com a China.”
O tom mais brando e a confirmação da intenção de Trump de se encontrar com Xi ajudaram a conter as perdas iniciais em Wall Street nesta sexta-feira (17). Os principais índices acionários dos EUA, que vinham sendo afetados na última semana pela reimposição abrupta de tarifas elevadas sobre importações chinesas e por preocupações com crédito entre bancos regionais, operavam em alta durante a tarde.
A chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu que Estados Unidos e China reduzam as tensões comerciais, alertando que um “desacoplamento” entre as duas maiores economias do mundo poderia reduzir o produto econômico global em até 7% no longo prazo.
A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, disse em entrevista à Reuters que a entidade está extremamente preocupada com o aumento recente das tensões comerciais entre EUA e China, e que conversou com autoridades de ambos os países para incentivar mais diálogo.
Bessent criticou as práticas econômicas estatais da China em uma declaração ao comitê diretivo do FMI nesta sexta-feira (17), pedindo que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial adotem uma postura mais firme em relação aos desequilíbrios externos e internos da China e às políticas industriais.
Já o Ministério do Comércio da China acusou os Estados Unidos de enfraquecer o sistema multilateral de comércio. O ministério também pediu que Washington revogue medidas que violam regras de não discriminação e alinhe suas políticas industriais e de segurança às obrigações estabelecidas pela OMC.
No início da semana, Bessent havia acusado um dos principais assessores de He de agir de forma “desequilibrada” em interações recentes com negociadores comerciais dos EUA. A China respondeu nesta sexta-feira (17) dizendo que as declarações de Bessent “distorcem gravemente os fatos”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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