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CEO da Nvidia, Jensen Huang, surpreende com previsão de “meio trilhão” às vésperas de balanço
Publicado 17/11/2025 • 17:33 | Atualizado há 2 horas
Publicado 17/11/2025 • 17:33 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Simon Liu/Gabinete do Presidente
Jensen Huang, CEO da Nvidia.
Em outubro, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, revelou que a empresa acumula US$ 500 bilhões em encomendas para 2025 e 2026, relacionadas a seus chips essenciais para a expansão da inteligência artificial. Para uma companhia cuja receita trimestral cresceu quase 600% nos últimos quatro anos, a declaração foi entendida como um sinal de confiança em mais um ciclo de forte — embora menos acelerado — crescimento, indicando que o avanço da IA ainda tem fôlego.
“Este é o volume de negócios em carteira. Meio trilhão de dólares até agora”, afirmou Huang durante a conferência GTC, em Washington.
A estimativa considera a receita já assegurada para 2025, as vendas das GPUs Blackwell e das futuras GPUs Rubin, além de componentes associados, como equipamentos de rede. Após detalhar as falas do executivo, analistas concluíram que 2026 poderá superar de forma significativa as projeções anteriores de Wall Street.
“As informações divulgadas pela Nvidia sugerem potencial de alta em relação às estimativas atuais de consenso”, escreveu Chris Caso, analista da Wolfe Research, em relatório de novembro. Ele calcula que as vendas de data centers em 2026 podem superar em US$ 60 bilhões as previsões anteriores e mantém recomendação de compra para o papel.
Ainda assim, as ações da Nvidia estão cerca de 5% abaixo do patamar registrado quando Huang fez a declaração, em 28 de outubro. A movimentação reflete o debate entre investidores sobre o ritmo do ciclo de IA e de grandes players de nuvem — os hiperescaladores — e laboratórios de IA poderiam estar elevando demais seus gastos com infraestrutura.
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Resultados trimestrais
A Nvidia divulgará nesta quarta-feira (19) os resultados do terceiro trimestre. Analistas consultados pela LSEG projetam lucro de US$ 1,25 por ação e receita de US$ 54,9 bilhões, alta de 56% em relação ao ano anterior. Também esperam uma projeção de US$ 61,44 bilhões para o trimestre de janeiro, o que indicaria retomada do crescimento.
A empresa não antecipa projeções além de um trimestre, mas eventuais comentários de Huang sobre o backlog e as perspectivas para 2026 serão relevantes para avaliar tanto o cenário da Nvidia quanto o do setor de tecnologia. A expectativa atual da LSEG para a receita de 2026 é de US$ 286,7 bilhões.
Demanda contínua por IA
No evento em Washington, Huang afirmou que a Nvidia tem “visibilidade” das receitas futuras, o que é coerente com a base de clientes: Google, Amazon, Microsoft e Meta, todas elas elevando investimentos em infraestrutura de IA, o que se traduz em mais demanda por chips da Nvidia.
O aumento dos investimentos dos hiperescaladores reflete um “apetite insaciável por IA”, segundo Rick Schafer, analista da Oppenheimer, que também mantém recomendação de compra.
Acordos estratégicos
A Nvidia tem ampliado acordos no trimestre, tema que deve ser abordado por Huang. O principal envolve investimento de até US$ 10 bilhões em participação na OpenAI, em troca da compra futura de 4 a 5 milhões de GPUs. Outro acordo prevê US$ 5 bilhões com a Intel para melhorar a integração entre chips das duas fabricantes.
No fim de outubro, a Nvidia adquiriu participação de US$ 1 bilhão na Nokia, para integrar suas GPUs ao hardware de redes móveis da empresa finlandesa. Os investimentos em startups também continuaram.
Para Atif Malik, analista do Citi, o acordo com a OpenAI será um dos pontos mais observados pelos investidores.
Ele observa que há preocupações sobre possíveis distorções de financiamento no setor de IA, mas avalia que a demanda segue superior à oferta. Malik mantém recomendação equivalente à compra.
Concorrência crescente
A Nvidia responde por mais de 90% do mercado de GPUs para IA. Mas alguns clientes têm avançado em semicondutores próprios — como Tranium (Amazon), TPU (Google) e ASICs desenvolvidos pela OpenAI em parceria com a Broadcom — tendência que ganhou força nos últimos meses.
Huang costuma comentar o cenário competitivo nas teleconferências de resultados, e investidores devem buscar pistas sobre a visão da empresa.
China fora das estimativas
As projeções não incluem vendas à China. O chip H20, desenvolvido para o mercado chinês, teve sua exportação restringida no início do ano, antes de Huang fechar acordo com o presidente Donald Trump para obter licenças em troca de repassar 15% das vendas ao governo.
Apesar do entendimento, executivos da Nvidia têm feito comentários cautelosos sobre o potencial de vendas relevantes ao país, e a empresa ainda não anunciou um sucessor para o H20, considerado defasado para padrões atuais de IA. Schafer, da Oppenheimer, estima que a China poderia representar mais de US$ 50 bilhões por ano.
Questionado pela CNBC em outubro se gostaria de vender chips Blackwell à China, Huang respondeu: “Espero que sim. Mas essa é uma decisão que cabe ao presidente Trump.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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