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CEO do Walmart alerta que tarifas de Trump elevam custos e já afetam consumidores
Publicado 21/08/2025 • 21:19 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 21/08/2025 • 21:19 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
O Walmart divulgou nesta quinta-feira (21) os resultados do segundo trimestre fiscal de 2025, destacando o efeito das tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump sobre os custos da empresa e o comportamento dos consumidores.
Segundo o CEO, Doug McMillon, os clientes — sobretudo famílias de classe média e baixa — já começaram a ajustar hábitos de compra diante de preços mais altos em algumas categorias.
“O impacto das tarifas tem sido gradual e as mudanças de comportamento dos clientes, por enquanto, ficaram contidas”, afirmou. “À medida que repomos estoques com tarifas mais altas, os custos devem continuar subindo no terceiro e quarto trimestres.”
A rede registrou receita de US$ 177,4 bilhões (cerca de R$ 974 bilhões), um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2024 e acima da previsão de Wall Street, que era de US$ 176,16 bilhões. O lucro líquido avançou 56%, para US$ 7 bilhões, mas o lucro operacional caiu 8,2%, pressionado por custos legais, provisões de seguros e despesas de reestruturação ligadas à aquisição da Vizio.
O lucro por ação ajustado (EPS) foi de US$ 0,68, abaixo da expectativa de US$ 0,74.
O CFO John David Rainey ressaltou que a empresa intensificou cortes para aliviar a pressão sobre os clientes:
“Certamente há áreas em que absorvemos totalmente o impacto dos custos tarifários mais altos. Há outras em que tivemos que repassar parte desses custos”, disse.
O Walmart realizou 7.400 reduções de preços no trimestre, 2 mil a mais que no período anterior. Rainey acrescentou que os consumidores “seguem resilientes”, com destaque para a procura em mercearia, saúde e bem-estar.
Nos Estados Unidos, as vendas nas mesmas lojas tiveram alta de 4,6%, superando a estimativa de 4% e marcando o 45º trimestre consecutivo de crescimento.
O comércio eletrônico global avançou 25%, com crescimento de 26% nos Estados Unidos e lucratividade dobrada em relação ao trimestre anterior. A receita com publicidade aumentou 46% globalmente e 31% nos EUA.
O Walmart revisou para cima suas expectativas e agora projeta crescimento anual de vendas entre 3,75% e 4,75%, acima da estimativa anterior de 3% a 4%. Para o ano fiscal, o lucro por ação ajustado deve ficar entre US$ 2,52 e US$ 2,62 (R$ 13,83 a R$ 14,39).
No terceiro trimestre, a previsão é de lucro por ação entre US$ 0,58 e US$ 0,60.
Para economistas, os números confirmam que as tarifas já afetam o maior varejista do mundo. O analista Felipe Machado, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, avaliou da seguinte forma:
“A receita e o lucro aumentaram, mas o lucro por ação ficou abaixo do esperado. O Walmart é um termômetro porque importa muito da China, Vietnã, Canadá, México e Índia, mercados diretamente afetados. A inflação de preços da rede foi de 1,1% no trimestre, contra 0,5% no primeiro, e se esse ritmo continuar será difícil absorver custos sem repassá-los ao consumidor.”
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