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Cessar-fogo entre Índia e Paquistão se mantém após violações iniciais

Publicado 11/05/2025 • 08:11 | Atualizado há 18 horas

AFP

KEY POINTS

  • Um cessar-fogo parece se manter neste domingo (11) entre a Índia e o Paquistão, horas depois de os rivais, detentores de armas nucleares, se acusarem mutuamente de violar uma trégua que os havia resgatado da beira de uma guerra total.
  • O cessar-fogo foi acordado no sábado (10), após quatro dias de ataques com caças, mísseis, drones e artilharia, que mataram pelo menos 60 pessoas e forçaram milhares a fugir, na pior onda de violência desde o último conflito aberto entre a Índia e o Paquistão, em 1999.

Um cessar-fogo parece se manter neste domingo (11) entre a Índia e o Paquistão, horas depois de os rivais, detentores de armas nucleares, se acusarem mutuamente de violar uma trégua que os havia resgatado da beira de uma guerra total.

O cessar-fogo foi acordado no sábado (10), após quatro dias de ataques com caças, mísseis, drones e artilharia, que mataram pelo menos 60 pessoas e forçaram milhares a fugir, na pior onda de violência desde o último conflito aberto entre a Índia e o Paquistão, em 1999.

A suspensão “total e imediata” das hostilidades foi anunciada inesperadamente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nas redes sociais, que afirmou que o cessar-fogo ocorreu após uma “longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos”.

Trump posteriormente elogiou os líderes da Índia e do Paquistão por compreenderem que “era hora de interromper a agressão atual” e também por se comprometerem a aumentar “substancialmente” o comércio com ambas as nações.

Mas o secretário de Relações Exteriores da Índia disse na manhã de domingo (11) que Nova Déli havia retaliado após as “repetidas violações” da trégua pelo Paquistão.

O Paquistão disse que “continua comprometido” com o cessar-fogo e que suas forças estavam lidando com as violações da Índia com “responsabilidade e moderação”.

“Paz frágil”

O clima era misto nas áreas de fronteira da Caxemira administrada pela Índia no domingo (11).

Moradores de várias aldeias ao longo do lado indiano da Linha de Controle, a fronteira de fato da Caxemira dividida, disseram que os pesados ​​bombardeios paquistaneses recomeçaram horas após o anúncio do cessar-fogo.

A casa de quatro cômodos de Bairi Ram, na aldeia de Kotmaira, foi reduzida a escombros pelo bombardeio e três de seus búfalos foram mortos.

“Tudo acabou”, disse ele.

Hazoor Sheikh, 46, que administra uma loja no principal mercado da cidade fronteiriça indiana de Poonch, a mais atingida pelos combates, foi uma das primeiras pessoas a reabrir sua loja no domingo (11).

“Finalmente, depois de dias, pudemos dormir em paz”, disse Sheikh.

Praveen Donthi, analista sênior do International Crisis Group, estava cético em relação ao cessar-fogo.

“A paz é frágil. É muito precária”, disse ele à AFP no domingo (11).

“As coisas continuarão hostis. As coisas serão difíceis. Haverá ataques contínuos de baixa intensidade, provavelmente não pelas Forças Armadas, mas talvez por militantes”, acrescentou.

“Campos terroristas”

A espiral alarmante em direção a um conflito generalizado começou antes do amanhecer de quarta-feira (07), quando a Índia lançou ataques com mísseis, destruindo o que chamou de “campos terroristas”.

Isso ocorreu após um ataque a turistas na Caxemira administrada pela Índia em 22 de abril, que matou 26 pessoas e que a Índia atribuiu ao Paquistão.

O Paquistão negou veementemente qualquer envolvimento no ataque perto da cidade turística de Pahalgam e pediu uma investigação independente.

Islamabad respondeu imediatamente aos ataques com fogo de artilharia pesada e afirmou ter derrubado cinco caças — algo que a Índia não comentou — antes de anunciar que lançou seus próprios ataques contra cidades indianas no sábado (10).

Militantes intensificaram as operações na Caxemira desde 2019, quando o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro indiano Narendra Modi revogou a autonomia limitada da região e a assumiu sob controle direto de Nova Déli.

Os vizinhos reivindicam a Caxemira integralmente, mas administram partes separadas dela desde que o subcontinente foi dividido antes da independência do domínio britânico em 1947.

“Passo positivo”

“O cessar-fogo é um passo positivo”, disse Bilal Shabbir, consultor de TI em Muzaffarabad, na Caxemira administrada pelo Paquistão.

“Na guerra, não são apenas os soldados que morrem, são principalmente os civis — e, neste caso, teria sido o povo da Caxemira.”

Em X, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, disse que seu país — que há muito busca mediação internacional na Caxemira — “aprecia” a intervenção dos EUA.

A Índia, no entanto, tem se oposto consistentemente à mediação, e observadores se mostraram céticos em relação à trégua.

A notícia do cessar-fogo foi recebida com alívio por países como Grã-Bretanha e Irã, bem como pelas Nações Unidas.

A China, que faz fronteira com a Índia e o Paquistão, disse que Pequim estava “disposta a continuar desempenhando um papel construtivo” e continua preocupada com qualquer escalada, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.

“Os próximos dias serão cruciais para ver se o cessar-fogo se mantém e abre caminho para uma relativa normalidade”, dizia um editorial no Dawn, o principal jornal de língua inglesa do Paquistão.

“Embora amigos estrangeiros certamente possam ajudar a criar uma atmosfera propícia, são Islamabad e Nova Déli que terão que fazer o trabalho pesado para garantir a paz.”

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Juliana Colombo

Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.

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