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CNBC Originals: Alemanha adota medidas ousadas para recuperar sua economia; confira
Publicado 12/08/2025 • 20:57 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 12/08/2025 • 20:57 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
A Alemanha, maior economia da Europa, enfrenta uma estagnação econômica prolongada e está adotando medidas ousadas para tentar reverter esse quadro. A nova abordagem do governo, liderado pelo chanceler Friedrich Merz, rompe com décadas de disciplina fiscal e aposta em um enorme pacote de investimentos para modernizar a infraestrutura, o setor de energia e a defesa. No entanto, os desafios são grandes e a questão permanece: será essa mudança de estratégia suficiente para recuperar o crescimento e garantir que a Alemanha se mantenha entre as maiores economias do mundo?
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O cenário da Alemanha mudou drasticamente nos últimos anos. O governo de Merz, da conservadora CDU, decidiu flexibilizar as regras fiscais que por décadas foram um modelo para outros países europeus. Isso inclui a adoção de um pacote fiscal histórico que afrouxa os limites de gastos — uma mudança fundamental para estimular a economia, que há anos vinha enfrentando uma desaceleração.
A crise financeira de 2008 teve um impacto profundo na Alemanha, que, apesar de ser uma das maiores economias globais, não foi imune aos efeitos do colapso financeiro. Após o choque, o governo alemão introduziu a regra fiscal Schuldenbremse, ou “freio da dívida”, para evitar que o país assumisse dívidas excessivas. A medida teve sucesso por algum tempo, mas a falta de reformas estruturais durante os 16 anos de governo de Angela Merkel e a crise de 2020, agravada pela pandemia, deixaram a economia alemã vulnerável.
A política de Merkel, amplamente elogiada durante sua gestão, também foi criticada por não ter promovido as reformas necessárias para modernizar a economia. A falta de ação decisiva para lidar com questões como a desaceleração industrial, o aumento da concorrência global e os preços elevados da energia contribuiu para o estancamento econômico.
O pacote de investimentos do novo governo visa modernizar a infraestrutura do país, com ênfase em energia, defesa e infraestrutura digital, além de acelerar a transição ecológica. O governo também criou um fundo de 500 bilhões de euros para impulsionar a economia. Esses investimentos são vistos como essenciais para revitalizar setores-chave e proporcionar um crescimento sustentável a longo prazo.
No entanto, as mudanças não foram fáceis. O governo teve que lidar com tensões políticas dentro da coalizão, que incluíram disputas sobre o freio da dívida e a oposição de Christian Lindner, ministro das Finanças, que se recusou a afrouxar os limites de gastos. Essa resistência acabou levando à demissão de Lindner e ao colapso da coalizão em 2024, evento que forçou novas eleições e uma mudança significativa no cenário político.
Embora os investimentos tenham ajudado a tirar a Alemanha da estagnação, muitos especialistas acreditam que o impulso fiscal será temporário. Annette Weisbach, correspondente da CNBC, sugere que os efeitos do plano de gastos podem se concentrar nos próximos dois anos, mas que a economia alemã poderá enfrentar taxas de crescimento baixas novamente após esse período.
Entre os maiores desafios do país estão os preços elevados da energia, a escassez de mão de obra devido à diminuição da população em idade ativa e a concorrência crescente de economias emergentes. A burocracia e a falta de flexibilidade também são apontadas como obstáculos que dificultam a adaptação da Alemanha a um mercado global em constante mudança.
Além das questões econômicas internas, a Alemanha também enfrenta desafios globais, como os efeitos da guerra na Ucrânia, que aumentaram os preços de energia e a necessidade de fortalecer a defesa. O país já havia estabelecido um fundo de 100 bilhões de euros para defesa em resposta à guerra, e a pressão para atender às metas da OTAN tem sido um fator importante nas decisões fiscais.
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