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Como a indústria espacial dos EUA ficou dependente da SpaceX
Publicado 24/08/2025 • 20:00 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 24/08/2025 • 20:00 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Divulgação NASA.
A NASA e a SpaceX lançaram uma tripulação de quatro membros para a Estação Espacial Internacional (ISS).
A SpaceX está avaliada em cerca de US$ 400 bilhões (R$ 2,17 trilhões) e é peça-chave para o acesso dos Estados Unidos ao espaço, mas nem sempre foi a potência que é hoje.
Elon Musk fundou a empresa em 2002. Usando o dinheiro que ganhou com a venda do PayPal, Musk e sua nova companhia desenvolveram o primeiro foguete, o Falcon 1, para desafiar os provedores de lançamento que já dominavam o setor.
“Naquela época, havia várias startups aeroespaciais tentando entrar nesse mercado. Eles perceberam que existia um monopólio chamado United Launch Alliance. Essa empresa nasceu da fusão entre a Boeing e a Lockheed no setor de lançamentos de foguetes, e cobrava do governo centenas de milhões de dólares para lançar satélites”, explicou Lori Garver, ex-vice-administradora da NASA.
Em 2003, Musk desfilou com o Falcon 1 pelas ruas de Washington tentando chamar a atenção de agências do governo e dos contratos milionários que elas ofereciam. A estratégia deu certo: em 2004, a SpaceX conseguiu alguns milhões de dólares da DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa) e da Força Aérea dos EUA para seguir desenvolvendo seus foguetes.
Mesmo com apoio do governo, a empresa penou no começo. As três primeiras tentativas de lançar o Falcon 1 não conseguiram atingir a órbita.
“O que salvou a empresa, quando ela estava à beira da falência, foi a NASA e, especialmente, o contrato inicial de transporte comercial de cargas”, afirmou Chris Quilty, presidente e co-CEO da Quilty Space, empresa de pesquisa focada no setor espacial.
Em 2008, poucos meses após o primeiro voo bem-sucedido do Falcon 1, a NASA assinou com a SpaceX um contrato de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,67 bilhões), chamado Commercial Resupply Services. O acordo previa que a SpaceX usasse seu novo foguete, o Falcon 9, junto com a cápsula Dragon, para levar cargas e suprimentos até a Estação Espacial Internacional ao longo de 12 missões.
Em 2014, a SpaceX ganhou outro contrato da NASA, dessa vez de US$ 2,6 bilhões (R$ 14,1 bilhões), para desenvolver e operar veículos capazes de transportar astronautas de ida e volta à estação.
Atualmente, a SpaceX domina boa parte do mercado espacial, desde lançamentos até satélites. Em 2024, a empresa realizou um número recorde de 134 lançamentos orbitais, mais que o dobro do segundo colocado, a China Aerospace Science and Technology Corporation, segundo a consultoria BryceTech. Esses 134 lançamentos representaram 83% de todas as espaçonaves lançadas no ano passado. Segundo um relatório da Bloomberg de julho, a SpaceX está avaliada em US$ 400 bilhões (R$ 2,17 trilhões).
A cápsula Dragon e o foguete Falcon 9 da SpaceX são hoje os principais meios pelos quais a NASA envia astronautas e suprimentos para a Estação Espacial Internacional. Os satélites Starlink da empresa se tornaram essenciais para fornecer internet em áreas remotas e também para aliados dos EUA em tempos de guerra. O foguete Starship, que ainda está em fase de testes, é peça-chave nos planos dos EUA para voltar à Lua. A SpaceX também está construindo uma rede de satélites espiões para o governo americano, o Starshield, por meio de um contrato de US$ 1,8 bilhão (R$ 9,75 bilhões). Até mesmo concorrentes como a Amazon e a OneWeb lançaram seus satélites usando foguetes da SpaceX.
“Quem mudou o ecossistema espacial foi, na verdade, a SpaceX”, disse Lori Garver. “O acesso mais barato ao espaço está realizando um sonho antigo. Isso criou uma comunidade global de empresas que hoje têm acesso ao espaço.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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