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Corrida da IA: DeepSeek cresce, mas OpenAI mantém domínio

Publicado seg, 17 fev 2025 • 7:18 AM GMT-0300 | Atualizado há 5 dias

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A startup chinesa surpreende o mercado ao desenvolver um modelo de IA com custos muito abaixo dos padrões da OpenAI e Anthropic.
  • Especialistas veem a China reduzindo a distância para os EUA, mas ainda enfrentando desafios como restrições tecnológicas e censura.
  • Apesar do avanço chinês, analistas avaliam que a liderança das empresas americanas em IA permanece sólida no curto prazo.

O avanço da DeepSeek, startup chinesa de inteligência artificial, reforça a disputa tecnológica entre China e Estados Unidos, mas, por enquanto, seu impacto sobre gigantes do setor, como a OpenAI, ainda é considerado restrito por especialistas.

Durante o AI Action Summit, na França, executivos de grandes empresas de tecnologia destacaram que o surgimento da DeepSeek é um sinal claro de que a China avança na corrida global pela liderança em IA. No entanto, apesar do progresso, a OpenAI e outras companhias bem financiadas ainda mantêm uma vantagem competitiva significativa.

Modelo de baixo custo surpreende o mercado

O mercado global foi surpreendido quando a DeepSeek revelou um modelo de IA treinado com um investimento inferior a US$ 6 milhões, um valor consideravelmente menor em comparação com os orçamentos bilionários das principais empresas do setor, como OpenAI e Anthropic. O custo reduzido levanta questionamentos sobre a viabilidade de uma abordagem mais eficiente para o desenvolvimento de inteligência artificial.

Chris Lehane, diretor de assuntos globais da OpenAI, afirmou que a DeepSeek reforça a percepção de uma competição real entre a “IA democrática” liderada pelos EUA e a “IA autocrática” promovida pelo governo chinês. Apesar disso, especialistas apontam que ainda existem barreiras que limitam a capacidade da China de desafiar diretamente as empresas norte-americanas.

Desafios e limitações do modelo chinês

Um dos principais desafios enfrentados pela DeepSeek é a restrição de acesso a tecnologias essenciais, como as GPUs avançadas da Nvidia, devido a sanções dos EUA. A escassez desses componentes pode dificultar a escalabilidade dos modelos chineses e comprometer sua capacidade de competir com os sistemas desenvolvidos no Ocidente.

Outro fator que gera controvérsia é a censura aplicada pelo modelo de IA da DeepSeek. Quando questionado sobre temas sensíveis, como o massacre da Praça da Paz Celestial, o assistente de IA responde com uma mensagem evasiva: “Desculpe, isso está além do meu escopo atual. Vamos falar sobre outra coisa.” Esse tipo de restrição pode comprometer a adoção global da tecnologia chinesa.

O que esperar para o futuro da IA global?

Apesar dos avanços da DeepSeek, analistas ainda veem as grandes empresas de IA dos EUA, como OpenAI e Anthropic, em posição dominante. Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, afirmou que o desenvolvimento da DeepSeek é um “grande passo”, mas ressaltou que a competição entre EUA e China segue aberta.

Estudos recentes indicam que os custos de hardware da DeepSeek podem ser muito superiores ao declarado, o que gera dúvidas sobre a viabilidade de sua estratégia de baixo custo. Além disso, há especulações de que a empresa possa ter utilizado dados de modelos ocidentais em seu treinamento, o que levanta questões sobre a originalidade da tecnologia.

Para os especialistas, a corrida global pela inteligência artificial está longe de ser decidida. A China está reduzindo a distância para os EUA, mas, no curto prazo, a liderança das empresas americanas no setor de IA ainda se mantém firme.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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