Publicado 22/01/2025 • 18:17
KEY POINTS
CEO do JPMorgan, Jamie Dimon
Foto: World Economic Forum
O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse à CNBC que as tarifas que o presidente Donald Trump pode impor aos parceiros comerciais dos EUA podem ser vistas de forma positiva.
“Se for um pouco inflacionário, mas for bom para a segurança nacional, que assim seja. Quero dizer, superem isso”, disse Dimon durante uma entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Dimon disse que, apesar do receio de que as tarifas possam desencadear uma guerra comercial global e reavivar a inflação interna, elas podem proteger os interesses americanos e levar os parceiros comerciais a voltar à mesa para negociar acordos melhores para o país, se forem usadas corretamente.
“Segurança nacional supera um pouco mais de inflação”, disse Dimon.
Desde que assumiu o cargo, Trump tem feito ameaças sobre tarifas, com anúncios de imposição de tarifas sobre o México e o Canadá, e também sobre a China e a União Europeia. O presidente afirmou que a União Europeia trata os EUA “muito, muito mal” devido ao grande superávit comercial anual.
Dimon não entrou em detalhes sobre os planos de Trump, mas afirmou que depende de como as tarifas serão implementadas. Trump indicou que as tarifas podem entrar em vigor em 1º de fevereiro.
“Eu vejo as tarifas como uma ferramenta econômica, só isso”, disse Dimon. “Elas são uma arma econômica, dependendo de como você usa, por que você usa, essas coisas. As tarifas são inflacionárias e não inflacionárias.”
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas gerais, enquanto a inflação ficou abaixo de 2,5% a cada ano. Apesar da ameaça de tarifas iminentes, o dólar dos EUA tem mostrado queda nesta semana.
“As tarifas podem mudar o valor do dólar, mas o mais importante é o crescimento”, afirmou Dimon.
David Solomon, CEO do Goldman Sachs, também falou sobre as tarifas de maneira positiva, dizendo que os líderes empresariais têm se preparado para mudanças nas políticas, incluindo questões comerciais. Ele destacou que a reequilíbrio de certos acordos comerciais ao longo do tempo pode ser construtivo para o crescimento dos EUA, desde que seja tratado da maneira correta.
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