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Diretor do FBI será ouvido no Congresso após erro em investigação da morte de Charlie Kirk
Publicado 15/09/2025 • 17:26 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 15/09/2025 • 17:26 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Kash Patel, diretor do FBI
Wikipedia
Horas após o assassinato do influenciador Charlie Kirk, o diretor do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI), Kash Patel, afirmou que o suspeito do crime estava sob custódia. No entanto, o atirador não estava. Os dois homens inicialmente detidos foram rapidamente liberados, e as autoridades de Utah reconheceram que o verdadeiro autor do disparo continuava foragido.
A falsa garantia foi mais do que um deslize: destacou a incerteza em torno da liderança de Patel no FBI, em um momento em que a credibilidade do departamento — e a do próprio diretor — está sob forte pressão.
Patel agora se prepara para as audiências de supervisão do Congresso americano, que devem ocorrer nesta terça-feira (16) e na quarta-feira (17). Ele enfrentará não apenas perguntas sobre essa investigação, mas também dúvidas mais amplas sobre sua capacidade de estabilizar uma agência federal fragmentada por disputas políticas e turbulências internas.
Os democratas estão prontos para pressionar Patel sobre a demissão de executivos seniores que gerou um processo judicial, sua insistência nas queixas do presidente Donald Trump relacionadas à Rússia — mesmo após o fim da investigação — e uma reorganização de recursos que priorizou o combate à imigração ilegal e aos crimes de rua, embora o FBI tenha sido definido por décadas por seu trabalho em ameaças complexas, como a espionagem e a corrupção pública.
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Isso se soma às questões sobre o tratamento dado aos arquivos do caso de exploração sexual de Jeffrey Epstein, à adição de um codiretor adjunto para trabalhar ao lado do diretor-adjunto Dan Bongino e ao uso de polígrafos em alguns agentes nos últimos meses para identificar fontes de vazamentos. Os republicanos, por sua vez, devem se unir em sua defesa ou redirecionar os holofotes para os críticos do FBI.
As audiências oferecerão a Kash Patel seu palco mais importante até agora e, talvez, o teste mais claro para provar se consegue convencer o país de que o FBI, sob sua supervisão, pode evitar agravar seus erros em um momento de violência política e desconfiança crescente.
“Devido ao ceticismo que alguns membros do Senado tiveram e ainda têm, é extremamente importante que ele tenha um ótimo desempenho nessas audiências de supervisão”, disse o ex-executivo do FBI Gregory Brower, que atuou como principal funcionário de assuntos congressuais da agência.
O FBI se recusou a comentar sobre o próximo depoimento de Patel ao comitê.
O assassinato de Charlie Kirk é acompanhado de perto não apenas por se tratar da mais recente onda de violência política nos EUA, mas também pela amizade do influenciador com Donald Trump, Patel e outras figuras ligadas à administração.
Enquanto agentes de Salt Lake City conduziam a investigação após a confirmação da morte do influenciador, em quarta-feira (10), Patel publicou no X (antigo Twitter) que “o suspeito pelo horrível tiroteio” estava “sob custódia”. Pouco depois, no entanto, autoridades estaduais confirmaram que o atirador seguia foragido. O governador de Utah, Spencer Cox, reforçou em coletiva que “quem fez isso” seria encontrado, sugerindo que a busca continuava. Patel, então, corrigiu a informação e disse que a pessoa detida havia sido liberada.
“Isso não transmite a mensagem que você quer que o público receba. Teve o efeito contrário. As pessoas começam a se perguntar o que está acontecendo”, disse o ex-executivo de contraterrorismo do FBI Chris O’Leary.
Na quinta-feira (11), uma entrevista coletiva prevista para a tarde foi cancelada devido a “desenvolvimentos rápidos”, enquanto Patel e Bongino viajavam para Utah. À noite, a coletiva foi realizada, mas Patel não falou.
Fontes próximas relatam que Patel ficou furioso com subordinados por falhas na comunicação, como a demora em receber a fotografia do suspeito. O jornal The New York Times já havia antecipado detalhes desse atrito.
Questionado sobre o episódio, o FBI declarou que trabalha com as autoridades locais para levar o suspeito Tyler Robinson à Justiça e que “continuará a ser transparente com o povo americano”.
O estrategista conservador Christopher Rufo escreveu no X que era “hora dos republicanos avaliarem se Kash Patel é a pessoa certa para dirigir o FBI”.
Já no fim de semana, Patel tentou recuperar a iniciativa. Ele destacou sua decisão de divulgar fotos do suspeito como um “avanço importante”, após o próprio pai de Robinson reconhecê-lo e colaborar com a rendição do filho. O movimento lhe rendeu apoio de Trump, que repostou no X uma mensagem elogiando Patel e o FBI por terem feito um “ótimo trabalho”.
No mesmo dia do assassinato de Kirk, Patel também enfrentou uma ação judicial movida por três executivos seniores do FBI demitidos em agosto, que caracterizaram o corte como uma campanha de retaliação da administração Trump.
Entre eles está Brian Driscoll, ex-diretor interino do FBI nos primeiros dias de Trump, que teria sido afastado após resistir a pressões para fornecer nomes de agentes envolvidos na investigação do motim de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio.
Driscoll alegou ainda que foi demitido por questionar a decisão de encerrar o trabalho de um agente erroneamente associado, nas redes sociais, à busca de documentos classificados na propriedade de Trump em Mar-a-Lago.
Desde então, houve grande rotatividade na liderança dos 55 escritórios regionais do FBI, alguns por promoções ou aposentadorias, outros por ultimatos para aceitar novas funções ou deixar a instituição. A chefe do escritório de Salt Lake City, por exemplo, foi retirada semanas antes do crime contra Kirk.
Crítico histórico da antiga liderança, Patel assumiu o FBI prometendo reformular a agência. Ao lado da procuradora-geral Pam Bondi, passou a priorizar investigações ligadas a Trump, como o caso da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, e a apuração sobre a Rússia, que não resultou em acusações de conspiração contra a campanha republicana.
O Departamento de Justiça chegou a confirmar que investiga o ex-diretor do FBI James Comey e o ex-chefe da CIA John Brennan, figuras centrais na operação da Rússia, sem detalhar o motivo.
Em paralelo, Patel elevou ao topo da agenda o combate ao crime de rua, ao tráfico de drogas e à imigração ilegal, em sintonia com as prioridades da Casa Branca. Ele defende os milhares de presos resultantes dessa guinada como “o que acontece quando você deixa bons policiais serem bons policiais”.
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