Dólar sobe com risco de pacote fiscal ficar para próxima semana
Publicado 21/11/2024 • 11:37 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 21/11/2024 • 11:37 | Atualizado há 4 meses
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Dólar
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O dólar opera em alta nesta quinta-feira (21) impulsionado por incertezas quanto ao pacote de corte de gastos do governo e a uma série de fatores globais. A moeda chegou a R$ 5,82, mas depois baixou para R$ 5,805.
A possível postergação do anúncio das medidas para a próxima semana amplia a busca por proteção no mercado de câmbio, em meio a um cenário já pressionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia e sinais de desaceleração econômica global.
Os mercados também reagiram negativamente ao pacote fiscal anunciado pela China, de US$ 1,4 trilhão, que, embora robusto, frustrou as expectativas de investidores quanto ao estímulo à economia do gigante asiático. A decepção aumentou a pressão sobre moedas e ativos de mercados emergentes, como o real, ao mesmo tempo em que influenciou a queda no preço das ações de grandes exportadoras brasileiras.
Enquanto as bolsas europeias fecharam em baixa, reflexo do pacote chinês e das sinalizações do Federal Reserve sobre juros, Wall Street registrou leve alta, alimentada pela perspectiva de manutenção das taxas de juros nos Estados Unidos em dezembro.
No Brasil, o Ibovespa recuou 2,09%, alcançando 126.973 pontos, impactado por quedas expressivas em papéis como os da Vale, que perderam R$ 15,7 bilhões em valor de mercado (-6%). Em contrapartida, a Embraer apresentou desempenho positivo, com alta de 7,27% em suas ações após divulgar balanço acima das expectativas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne hoje com o presidente Lula para discutir o pacote de medidas fiscais, que inclui cortes na previdência dos militares. Haddad reiterou a necessidade de urgência nas ações para controlar o crescimento da dívida pública, uma preocupação compartilhada pelo presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, que destacou o impacto potencial da demora na implementação das medidas sobre a confiança do mercado e o câmbio.
No mercado doméstico, os juros futuros subiram em reação ao IPCA de outubro, que apresentou alta acima do esperado. Este dado reforça as expectativas de pressão inflacionária e aumenta as dificuldades para a política monetária no país.
No exterior, o dólar também ganhou força frente a moedas emergentes, influenciado pela escalada na guerra entre Rússia e Ucrânia. A Força Aérea ucraniana relatou o uso de um míssil balístico intercontinental pela Rússia, intensificando as hostilidades e a busca por ativos considerados seguros, como o dólar e os Treasuries.
Dirigentes do Federal Reserve indicaram cautela em suas declarações recentes, fortalecendo a perspectiva de manutenção dos juros em dezembro. O foco dos investidores também está na formação do gabinete do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que pode sinalizar mudanças na política econômica e comercial americana.
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