O empresário Elon Musk, considerado o homem mais rico do mundo e aliado próximo de Donald Trump, participou no sábado (7), da cerimônia de reabertura da Catedral de Notre Dame, em Paris, após o incêndio de 2019.
De acordo com uma fonte do aeroporto Le Bourget, ao norte de Paris — frequentemente usado por jatos privados —, Musk pousou na tarde de sábado. Sua presença na catedral, durante a cerimônia à noite, não havia sido previamente anunciada.
Antes de entrar no local, o CEO da Tesla, SpaceX e da rede social X fotografou as imponentes portas da catedral e postou no X um vídeo do teto do templo, com a legenda: “Magnificat Cathedrale”. Dentro da catedral, Musk foi visto conversando com Trump, que estava sentado na primeira fila.
Musk desempenha um papel de destaque ao lado de Trump desde que o republicano venceu a reeleição nos Estados Unidos, em 5 de novembro. O empresário sul-africano teria investido ao menos US$ 270 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) na campanha do presidente eleito e se mudou para o resort Mar-a-Lago, na Flórida, após o dia da eleição, enquanto a equipe de transição presidencial era montada.
Ambos já participaram juntos de eventos públicos, como uma luta do UFC em Nova York e o lançamento de um foguete da SpaceX.
Papel no governo Trump levanta preocupações
Trump nomeou Musk e Vivek Ramaswamy para liderar o recém-criado “Departamento de Eficiência Governamental”, uma comissão destinada a propor cortes de bilhões de dólares no orçamento federal.
No entanto, a ligação de Musk com o governo tem gerado preocupações sobre possíveis conflitos de interesse, já que suas empresas são regulamentadas e recebem contratos do governo dos Estados Unidos.
Entre outras indicações para o governo, Trump escolheu o investidor David Sacks, próximo a Musk, como responsável pelas áreas de inteligência artificial e criptomoedas. Jared Isaacman, bilionário e astronauta que já colaborou com a SpaceX, foi nomeado chefe da agência espacial NASA.
Reencontro com Macron em Paris
Trump aceitou o convite do presidente francês Emmanuel Macron para participar da reabertura de Notre-Dame. Os dois líderes se encontraram no Palácio do Eliseu, retomando uma relação que foi marcada por tensões durante o primeiro mandato de Trump.
A reabertura de Notre-Dame marca um importante momento para a França, quase cinco anos após o incêndio que destruiu parte da catedral, um dos marcos mais icônicos de Paris.
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
Especialistas veem riscos maiores de estagflação. Veja o que isso significa para o bolso americano
