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EUA e Ucrânia se reúnem pela primeira vez após tensão na Casa Branca, mas Zelensky não participa

Publicado 11/03/2025 • 11:49 | Atualizado há 15 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia se reúnem nesta terça-feira (11) na Arábia Saudita, no primeiro encontro entre os dois países desde a acirrada disputa no Salão Oval entre o presidente Donald Trump e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky no fim de fevereiro.
  • O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, lidera a delegação americana, que inclui o enviado especial Steve Witkoff e o conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz.
  • O presidente Zelensky não participará da reunião, embora tenha viajado para a Arábia Saudita na segunda-feira (10) para se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em Riad.

Donald Trump e Volodymyr Zelensky em 28 de fevereiro de 2025

MYSTYSLAV CHERNOV/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia se reúnem nesta terça-feira (11) na Arábia Saudita, no primeiro encontro entre os dois países desde a acirrada disputa no Salão Oval entre o presidente Donald Trump e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky no fim de fevereiro.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, lidera a delegação americana, que inclui o enviado especial Steve Witkoff e o conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz. A equipe ucraniana será chefiada pelo chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak.

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O presidente Zelensky não participará da reunião, embora tenha viajado para a Arábia Saudita na segunda-feira (10) para se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em Riad. O país árabe assumiu um papel central ao tentar reunir EUA, Ucrânia e Rússia em busca de uma solução para a guerra, que já dura três anos.

A reunião desta terça-feira é considerada de “alto risco”, devido às crescentes tensões entre Washington e Kiev. Essas tensões levaram os EUA a cortarem toda a assistência militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, aumentando a pressão sobre suas forças no campo de batalha.

Segundo os EUA, o encontro pretende avaliar o quão disposta a Ucrânia está a fazer concessões para encerrar o conflito. No entanto, as concessões sugeridas pelos americanos — como ceder territórios ocupados à Rússia e abandonar a ideia de ingressar na OTAN no futuro — são extremamente difíceis para Kiev aceitar.

Rubio, que também se reuniu separadamente com o príncipe herdeiro saudita na segunda-feira, reiterou na ocasião que Kiev precisaria aceitar o controle russo sobre parte de seu território como parte de um acordo de paz mais amplo.

Atualmente, a Rússia ocupa cerca de 20% da Ucrânia. Kiev, por sua vez, insiste que qualquer acordo de paz deve incluir garantias de segurança para evitar futuras agressões russas, mas os EUA ainda não ofereceram tais garantias.

“O ponto mais importante nesta reunião é estabelecer claramente as intenções da Ucrânia e seu desejo, como já expressaram publicamente várias vezes, de chegar a um ponto no qual a paz seja possível. Depois, teremos que determinar o quão distantes estão das posições russas, o que ainda não sabemos”, afirmou Rubio aos jornalistas em Jeddah na segunda-feira.

“Uma vez que compreendamos onde ambas as partes realmente estão, teremos uma noção do tamanho do impasse e da dificuldade de resolvê-lo. Espero que seja uma interação positiva nesse sentido”, acrescentou.

“O mais importante é sairmos desta reunião com uma forte sensação de que a Ucrânia está preparada para tomar decisões difíceis, assim como a Rússia precisará fazer, para encerrar esse conflito ou, pelo menos, pausá-lo de alguma forma”, completou Rubio.

Proposta de cessar-fogo

A Ucrânia deseja demonstrar uma postura mais flexível, dado o seu posicionamento cada vez mais vulnerável tanto no campo de batalha quanto na arena diplomática. O país estaria disposto a propor um cessar-fogo parcial, no qual ataques aéreos e navais seriam interrompidos, enquanto os combates terrestres continuariam.

“A posição da Ucrânia nessas negociações será totalmente construtiva”, afirmou Zelensky na rede social X na segunda-feira. Seu chefe de gabinete, Yermak, também comentou na manhã de terça-feira: “A equipe está no local. Preparando-se para trabalhar.

Protegendo os interesses ucranianos, com uma visão clara de como encerrar a guerra. Trabalharemos de forma eficaz com nossos parceiros americanos”, declarou em mensagem publicada no Telegram e traduzida pela NBC News.

A Ucrânia tem buscado reparar sua relação com os EUA após uma aparente reaproximação entre Washington e Moscou, que resultou em uma reunião entre os dois países em Riad no mês passado — da qual a Ucrânia e seus aliados europeus foram excluídos. As tensões entre Kiev e Washington atingiram seu auge após um desentendimento público entre Zelensky, Trump e o vice-presidente JD Vance em 28 de fevereiro.

Desde então, a liderança ucraniana tem feito esforços para reparar os laços diplomáticos. Chamando o episódio de “lamentável”, Zelensky e outros oficiais ucranianos indicaram que ele chegou a se desculpar pelo encontro conturbado na Casa Branca, no qual foi duramente criticado por autoridades dos EUA antes de sair apressadamente, deixando sem assinar um acordo crucial sobre minerais críticos.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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