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EXCLUSIVO: corte de juros nos EUA pode impactar dólar e curva de juros no Brasil, avalia especialista

Publicado 28/10/2025 • 22:02 | Atualizado há 6 horas

KEY POINTS

  • O mercado americano já precificou o corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, movimento que o diretor da Nomos, Beto Saadia, classifica como preventivo diante da desaceleração do emprego.
  • Na avaliação, Saadia destacou divergências dentro do FOMC: parte dos dirigentes, mais próxima de Donald Trump, defende cortes mais agressivos e maior tolerância à inflação.
  • No Brasil, o otimismo do mercado está ligado a fatores externos, mas o risco fiscal continua relevante. Segundo Saadia, se o governo não resolver o déficit estimado em R$ 40 bilhões, o dólar pode voltar a R$ 5,70–5,80.

O Federal Reserve (Fed) decide nesta quarta-feira (29) a nova taxa básica de juros dos Estados Unidos, com expectativa predominante de um corte de 0,25 ponto percentual. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, afirmou que o movimento já está precificado pelos mercados e reflete uma ação preventiva da autoridade monetária diante da desaceleração moderada do mercado de trabalho.

Saadia destacou que, embora a inflação americana siga acima do ideal, o Fed vem priorizando os sinais de enfraquecimento no emprego. “A economia americana não está entrando em recessão, mas o Fed está se antecipando e reduzindo os juros para que você não cause uma recessão”, disse. Ele acrescentou que a postura do banco central americano difere da do Brasil, onde a redução dos juros costuma ocorrer apenas após sinais concretos de retração da atividade.

O diretor da Nomos também observou que há divergências internas no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Parte dos dirigentes, mais alinhada ao presidente Donald Trump, defende cortes mais agressivos. “A maioria hoje dos candidatos tem um alinhamento muito grande também com o secretário do Tesouro e com Trump, de serem mais lenientes com a inflação e provocarem menos juros”, afirmou.

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Efeitos para o Brasil

Em relação ao impacto no cenário doméstico, Saadia avaliou que o otimismo recente do mercado brasileiro é sustentado principalmente por fatores externos, como a valorização do real e o comportamento benigno da inflação global. “Grande parte da nossa inflação desinflacionou por fatores externos e climáticos, e não necessariamente por mérito interno”, analisou.

Apesar da melhora, ele alertou que o risco fiscal segue como principal ponto de atenção. O economista lembrou que o governo ainda precisa encontrar mais de R$ 40 bilhões para fechar as contas de 2026. Caso o impasse permaneça, o câmbio pode voltar a se desvalorizar. “Se a gente não resolver isso num futuro próximo, há o risco de o dólar subir novamente para a casa dos R$ 5,70 ou R$ 5,80”, disse.

Curva de juros e endividamento

Saadia explicou ainda que a queda das taxas de juros no Brasil está concentrada nos prazos mais curtos, refletindo a melhora da inflação corrente. No entanto, os juros de longo prazo seguem pressionados pelo aumento da dívida pública. “O governo começa por volta de 72% de dívida/PIB e pode caminhar no ano que vem para 84%”, afirmou.

Ele acrescentou que, mesmo com o cumprimento do arcabouço fiscal, o aumento do custo da dívida limita o espaço para cortes adicionais.

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