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Exclusivo: Trump apresenta plano de paz para Gaza em reunião com Netanyahu, mas especialista aponta obstáculos
Publicado 29/09/2025 • 23:04 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 29/09/2025 • 23:04 | Atualizado há 2 meses
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (29) que a guerra na Faixa de Gaza pode terminar “em breve”. A declaração foi feita durante encontro na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ocasião em que ambos divulgaram um plano de paz para a região.
Em entrevista ao Times Brasil – licenciado exclusivo da CNBC, a professora Helena Cherem, mestra em Relações Internacionais e especialista em Geopolítica do Oriente Médio, avaliou que a ausência do Hamas nas negociações é um dos fatores centrais que colocam em dúvida a implementação das medidas propostas. “São dois líderes discutindo um território que não pertence a nenhum dos dois”, disse Helena.
A especialista explicou que o Hamas, que governa Gaza, é classificado como grupo armado não estatal e considerado organização terrorista por diversos países. “Isso facilita a disseminação da ideologia, mesmo sem um território definido, o que torna difícil eliminar o grupo apenas por meio de ações militares”, afirmou.
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O plano prevê a libertação de reféns em até 72 horas e a criação de um Conselho da Paz que seria liderado por Trump, com possível participação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Helena destacou que essa proposta reforça o caráter externo da iniciativa. “Estamos falando de um território que seria governado por pessoas que não são de lá, com decisões de reconstrução e infraestrutura também vindas de fora”, avaliou.
Outro ponto sensível é a exigência de troca de prisioneiros em curto prazo. Entre os detidos em Israel, cerca de 1.700 foram presos durante o atual conflito. “Logisticamente, é improvável realizar uma troca dessa magnitude em apenas três dias”, disse Helena.
O plano também prevê financiamento para a reconstrução da Faixa de Gaza com recursos dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Para a especialista, a ausência de representantes palestinos, tanto do Hamas quanto da Autoridade Palestina, limita a legitimidade do processo. “Há um buraco muito grande quando se ignora a participação direta da população local”, afirmou.
Trump defendeu que o acordo seja aceito em até 72 horas para que os primeiros reféns sejam liberados. Netanyahu não respondeu a perguntas da imprensa durante a apresentação do plano. Segundo Helena, a falta de esclarecimentos reforça as incertezas. “Quando não há disposição para responder questionamentos, é sinal de que muitas lacunas permanecem abertas”, concluiu.
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