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Famílias de vítimas do ataque de 7 de outubro processam a Binance por suposto apoio financeiro ao Hamas
Publicado 25/11/2025 • 20:52 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 25/11/2025 • 20:52 | Atualizado há 1 hora
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Brasil é o 5º maior mercado global de cripto e vitrine para soluções como o Binance Card.
Dezenas de famílias de vítimas dos ataques conduzidos pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023 abriram um processo contra a Binance, acusando a plataforma global de criptomoedas de auxiliar deliberadamente a movimentação de recursos para organizações terroristas.
A ação foi apresentada na última segunda-feira (24) no Tribunal Distrital dos EUA, em Dakota do Norte, e surge um mês após o presidente Donald Trump conceder perdão a Changpeng Zhao (CZ), fundador da companhia, que havia admitido falhas no controle de lavagem de dinheiro.
Os autores afirmam que CZ e sua associada Guangying “Heina” Chen estruturaram a empresa “como uma organização criminosa” para facilitar fluxos financeiros ilícitos em escala global.
O processo alega que, muito antes de 7 de outubro, a Binance tinha conhecimento de que Hamas, Hezbollah, Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e Jihad Islâmica Palestina utilizavam sua plataforma regularmente — e, ainda assim, teria continuado permitindo essas transações. Segundo a denúncia, o Hamas chegou a orientar publicamente seus apoiadores a enviar doações para carteiras hospedadas na Binance.
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As famílias — cidadãos americanos e seus parentes próximos — pedem indenização cujo valor será definido em julgamento e solicitam reparação triplicada com base na legislação que permite multiplicar por três os danos sofridos em casos de terrorismo internacional.
Falhas em relatórios obrigatórios
O documento acusa a empresa de descumprir obrigações legais de notificar o governo dos EUA por meio de Relatórios de Atividades Suspeitas (SARs). Em vez disso, a Binance teria manipulado o modo como transações eram registradas para “evitar chamar atenção”.
Desde os ataques de 7 de outubro, a plataforma teria “facilitado conscientemente mais de US$ 50 milhões” em movimentações envolvendo organizações classificadas como terroristas pelos EUA e pela ONU.
A Binance não comentou diretamente o processo, mas afirmou cumprir integralmente as regras internacionais de sanções e disse ter promovido uma “ampla transformação” em suas políticas de conformidade.
Histórico de investigações
O processo cita as conclusões das investigações que, no fim de 2023, resultaram em um acordo em que a Binance aceitou pagar US$ 4,3 bilhões, uma das maiores multas corporativas da história americana, conforme destacou o então procurador-geral Merrick Garland.
CZ renunciou ao cargo de CEO e admitiu falhas no programa de prevenção à lavagem de dinheiro. Foi condenado a quatro meses de prisão e libertado em setembro de 2024.
Em novembro de 2023, a FinCEN, agência do Tesouro dos EUA, afirmou que a empresa não apresentou SARs sobre “quantias significativas enviadas para entidades oficialmente designadas como terroristas”.
Indulto e conexões políticas
Trump concedeu perdão a CZ em 23 de outubro, classificando-o como vítima da suposta “guerra contra as criptomoedas” do governo Biden. Dias depois, o presidente negou ter conhecimento profundo sobre CZ, mas reiterou que o indulto ajudaria o setor cripto nos EUA — setor no qual sua família tem interesses crescentes.
A família Trump possui vínculos financeiros com a Binance. Em maio, o cofundador da World Liberty Financial, empresa cripto da família, afirmou que a stablecoin do grupo seria utilizada para facilitar um investimento de US$ 2 bilhões na Binance por meio da MGX, estatal dos Emirados Árabes Unidos.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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