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Diretores do Fed que divergiram da decisão explicam votos: ‘Esperar para cortar juros ameaça a economia’

Publicado 01/08/2025 • 13:12 | Atualizado há 18 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Dois diretores do Fed discordam da manutenção dos juros e pedem corte gradual para evitar piora no mercado de trabalho
  • Michelle Bowman afirmou que, sem as tarifas, inflação já estaria próxima da meta de 2%
  • Trump pressiona Fed com críticas diretas e exige corte agressivo na taxa básica
Federal Reserve, o FED, é o Banco Central dos Estados Unidos

Federal Reserve, o FED, é o Banco Central dos Estados Unidos

Alex Wonggettu/Getty Images via AFP

Dois diretores do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, que votaram nesta semana contra a manutenção da taxa básica de juros explicaram nesta sexta-feira, 1º, os motivos de suas discordâncias. Para ambos, a autoridade monetária está cometendo um erro ao adiar o início do afrouxamento monetário, mesmo diante de sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho.

Christopher Waller e Michelle Bowman defenderam um corte de 0,25 ponto percentual na taxa, argumentando que os efeitos dos juros sobre a inflação devem ser apenas temporários. Eles avaliam que manter a taxa básica no atual patamar, como vem fazendo o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) desde dezembro, pode representar riscos à atividade econômica.

Em comunicados separados, Waller e Bowman detalharam as razões para seus votos contrários — algo raro entre os governadores do Fed e que não ocorria desde 1993. O placar da reunião foi de 9 votos a 2 pela manutenção da taxa. Segundo Waller, essa divergência demonstra “um debate saudável e robusto”.

“Não há problema algum em ter visões diferentes sobre como interpretar os dados e utilizar argumentos econômicos distintos para prever os impactos das tarifas sobre a economia”, escreveu Waller. “Mas acredito que essa postura de esperar para ver é excessivamente cautelosa e, na minha opinião, não equilibra corretamente os riscos do cenário. Isso pode fazer com que a política monetária fique defasada.”

Ele também minimizou os impactos inflacionários das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, classificando-os como “pequenos até agora” e com tendência de permanecer assim.

Tanto Waller quanto Bowman deixaram claro que não apoiam os cortes drásticos que vêm sendo defendidos publicamente por Trump. O presidente chegou a sugerir que a taxa básica — usada como referência para empréstimos entre bancos, mas que afeta toda a economia — deveria ser reduzida em até 3 pontos percentuais.

Waller propôs uma abordagem mais gradual, com cortes totais de até 1,5 ponto percentual, de forma lenta, conforme o comitê monitora os efeitos dessa flexibilização.

Na mesma linha, Bowman afirmou ser favorável a “cortes graduais” e reiterou que as taxas têm impacto limitado sobre os preços. Ela afirmou que, sem esses encargos, o principal indicador de inflação observado pelo Fed estaria abaixo de 2,5% — “e bem mais próximo da nossa meta de 2%”.

“Como os aumentos de preços relacionados às tarifas (de Trump) tendem a ter um efeito pontual, é apropriado relativizar essas leituras temporariamente elevadas da inflação”, disse Bowman, que também é vice-presidente do Fed para supervisão bancária. “Vejo risco de que adiar a ação leve à deterioração do mercado de trabalho e a uma desaceleração ainda maior do crescimento.”

Donald Trump, por sua vez, voltou a criticar duramente o Fed por não ter iniciado os cortes de juros. Em publicação na rede Truth Social na manhã desta sexta, ele atacou diretamente o presidente do banco central, Jerome Powell.

“Jerome ‘Tarde Demais’ Powell, um TEIMOSO IDIOTA, precisa reduzir substancialmente os juros, AGORA. SE ELE CONTINUAR SE RECUSANDO, O CONSELHO DEVERIA ASSUMIR O CONTROLE E FAZER O QUE TODO MUNDO SABE QUE PRECISA SER FEITO!”, escreveu o republicano.

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