O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Argentina estão em negociações para um novo empréstimo, afirmou Julie Kozack , porta-voz da organização, nesta quinta-feira (19).
A Argentina já tem um contrato em vigor; o FMI emprestou cerca de US$ 44 bilhões; o maior valor da história da instituição. Esse pacote termina no dia 31 de dezembro.
O país ficou perto de um calote em 2023, mas negociou um empréstimo-ponte.
Apesar de ter sido firmado pelo governo de Alberto Fernández, o atual presidente, Javier Milei, o manteve.
Milei está há cerca de um ano no poder, e ele tenta diminuir os gastos do governo e conter a inflação.
Kozack, a porta-voz do FMI, elogiou o governo de Milei. Ela disse que os resultados são impressionantes e que houve uma redução significativa de inflação, resultado fiscal primário e que as reservas internacionais melhoraram.
O FMI prevê que a Argentina deve terminar o ano com inflação de 229% –no entanto, houve uma desaceleração ao longo dos meses; em outubro, a alta generalizada de preços foi de 2,7%.
Em dezembro do ano passado houve uma grande desvalorização do peso que contribuiu para esse alto índice anual.
Como resultado dos cortes, mais de 260 mil empregos foram perdidos nos últimos meses, e a pobreza aumentou no país.
A estimativa é que a economia tenha uma contração de 3,9% neste ano, mas espera-se que cresça 5% em 2025.
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