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Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustíveis

Publicado 18/12/2025 • 11:34 | Atualizado há 3 horas

AFP

KEY POINTS

  • Segundo o governo de centro‑direita do presidente Rodrigo Paz, que assumiu o poder em 8 de novembro, o programa fomentou esquemas bilionários de corrupção e contrabando.
  • Desde 2023, o país registrou períodos constantes de desabastecimento nos postos de combustível, com longas filas de veículos que aguardam por horas e, às vezes, dias.
  • Nos primeiros dias de governo, Paz denunciou que a esquerda deixou o Estado transformado em "esgoto de dimensões extraordinárias" e anunciou investigações para identificar os responsáveis por supostos crimes de corrupção.

Aizar Raldes / AFP

Veículos formam fila para abastecer em um posto de gasolina em El Alto, Bolívia, em 23 de maio de 2025

O novo governo da Bolívia anunciou na quarta-feira (17) que irá encerrar o programa de subsídios aos combustíveis, cujos preços permaneceram congelados por 20 anos sob administrações de esquerda. A política de subsídios drenou as reservas internacionais de dólares do país e desencadeou a pior crise econômica em quatro décadas. Atualmente, a Bolívia centraliza as importações de gasolina e diesel, que são compradas a preço internacional e revendidas com prejuízo.

Segundo o governo de centro-direita do presidente Rodrigo Paz, que assumiu o poder em 8 de novembro, o programa fomentou esquemas bilionários de corrupção e contrabando.
“Com a publicação do decreto, serão anunciados os novos preços dos hidrocarbonetos. A retirada de subsídios mal concebidos no passado não significa abandono. Significa ordem, justiça e redistribuição clara”, afirmou Paz em discurso transmitido pela televisão.

O mandatário informou ainda que o diesel será retirado da lista de substâncias controladas pelo governo, medida que deve facilitar a importação pelo setor privado. “Os subsídios usados para esconder o saque não voltarão a condenar a Bolívia. A estabilização dos preços permitirá gerar recursos fiscais adicionais”, acrescentou.

Desde 2023, o país enfrenta desabastecimento recorrente nos postos de combustível, com longas filas de veículos que aguardam por horas ou até dias.

Leia também: Vitória de Rodrigo Paz sinaliza esgotamento do ciclo da esquerda na Bolívia

“Emergência”

Nos primeiros dias de governo, Rodrigo Paz afirmou que a esquerda deixou o Estado transformado em um “esgoto de dimensões extraordinárias” e anunciou investigações para apurar supostos crimes de corrupção.
“Declaramos emergência econômica, financeira, energética e social, porque a Bolívia não podia continuar funcionando com as normas dos últimos 20 anos”, declarou o presidente.

Além do fim dos subsídios aos combustíveis, Paz anunciou um pacote de medidas econômicas, classificado por ele como uma “decisão histórica de salvamento da pátria”. Entre as ações estão a simplificação de impostos, incentivos à compra de máquinas, apoio a empreendedores e a liberação das exportações.

O presidente informou ainda que irá isentar de impostos a repatriação de capitais retirados do país durante os governos de Evo Morales (2006–2019) e Luis Arce (2020–2025).

Segundo dados oficiais, o imposto sobre grandes fortunas, criado em 2020 e recentemente eliminado por Paz, provocou a fuga de mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) da Bolívia.

O salário mínimo será elevado de US$ 395 para US$ 474 (de R$ 2.184 para R$ 2.620) a partir de janeiro de 2026. O governo também prometeu reajustes nos bônus assistenciais destinados às populações vulneráveis.

A inflação no país se aproximou de 12% ao ano em novembro, após atingir um pico de quase 25% em julho. O dólar segue escasso, sendo negociado apenas no mercado paralelo, a valores acima da taxa oficial.

O pacote de medidas integra ainda a promessa do governo de reduzir em 30% o déficit fiscal.

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