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Governo Trump divulga relatório crítico sobre cuidados de gênero para jovens

Publicado 02/05/2025 • 11:11 | Atualizado há 11 minutos

AFP

KEY POINTS

  • Nesta quinta-feira (1º), o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou o que descreve como uma revisão abrangente das intervenções de gênero em crianças e adolescentes, levantando preocupações sobre "riscos significativos" associados a bloqueadores de puberdade e cirurgias.
  • O relatório de 400 páginas foi publicado sem autores nomeados — uma decisão que foge da prática científica padrão, mas que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos justificou como uma forma de "ajudar a manter a integridade deste processo".
Governo Trump divulga relatório crítico sobre cuidados de gênero para jovens

Foto: Pexels

Nesta quinta-feira (1º), o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou o que descreve como uma revisão abrangente das intervenções de gênero em crianças e adolescentes, levantando preocupações sobre “riscos significativos” associados a bloqueadores de puberdade e cirurgias.

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O relatório de 400 páginas foi publicado sem autores nomeados — uma decisão que foge da prática científica padrão, mas que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos justificou como uma forma de “ajudar a manter a integridade deste processo”.

Questão polarizadora

Os cuidados de gênero para jovens são uma questão profundamente polarizadora em muitos países, com profissionais de saúde tentando equilibrar prioridades concorrentes: aliviar o sofrimento psicológico, respeitar a autonomia do paciente e garantir que as intervenções sejam seguras, baseadas em evidências e adequadas para corpos e mentes em desenvolvimento.

A já conhecida hostilidade do governo Trump em relação às pessoas transgênero e seus frequentes ataques ao que chama de “ideologia de gênero progressista” levantaram dúvidas sobre a objetividade do estudo.

Riscos apontados e contrapontos

Segundo o relatório, os tratamentos de afirmação de gênero apresentam riscos “incluindo infertilidade/esterilidade, disfunção sexual, comprometimento da densidade óssea, impactos cognitivos adversos, doenças cardiovasculares e metabólicas, transtornos psiquiátricos, complicações cirúrgicas e arrependimento.”

“Nosso dever é proteger as crianças do nosso país — não expô-las a intervenções médicas não comprovadas e irreversíveis”, afirmou Jay Bhattacharya, diretor do Instituto Nacional de Saúde. “Devemos seguir o padrão ouro da ciência, não agendas ativistas.”

No entanto, Aisha Mays, médica de família na Califórnia e membro da organização sem fins lucrativos Médicos pela Saúde Reprodutiva, rebateu classificando o relatório como “propaganda”.

“O relatório de hoje é propaganda com o objetivo de deslegitimar o cuidado de saúde perfeitamente seguro, eficaz e baseado em evidências que as pessoas trans acessam para serem quem são”, disse ela.

“Ser transgênero, assim como ser cisgênero, não é uma escolha nem pode ser revertido por qualquer método médico ou social. Da mesma forma que pessoas cisgênero sabem quem são, as pessoas trans também sabem. Assim como pessoas cis recebem cuidados de afirmação de gênero, as pessoas trans também recebem.”

Revisão no Reino Unido

No Reino Unido, uma revisão separada de grande destaque no ano passado recomendou “extrema cautela” ao prescrever tratamentos hormonais.

A investigação de quatro anos sobre serviços de identidade de gênero para crianças e jovens, liderada pela pediatra aposentada Hilary Cass, fez dezenas de recomendações que vão desde mais pesquisas até a reforma do sistema de encaminhamentos.

A Academia Americana de Pediatria manteve seu apoio ao fornecimento de cuidados médicos necessários para adolescentes transgêneros e se opõe a legislações que restringem esse acesso ou interferem na relação médico-paciente.

Dados sobre o uso de cuidados de gênero

Enquanto a retórica política em torno dos cuidados de gênero se intensifica, os dados mostram que, na realidade, o uso desse tipo de cuidado não é generalizado.

Menos de 0,1% dos menores com diversidade de gênero com seguro privado receberam bloqueadores de puberdade ou terapia hormonal entre 2018 e 2022, de acordo com um estudo recente publicado no JAMA Pediatrics.

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