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Grandes CEOs do petróleo soam o alarme com escalada de ataques entre Israel e Irã
Publicado 17/06/2025 • 15:36 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 17/06/2025 • 15:36 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Os comerciantes de petróleo veem o conflito entre Israel e Irã como o evento geopolítico mais significativo desde que a Rússia lançou sua invasão em larga escala à Ucrânia em 2022.
Algumas instalações de energia foram atingidas em ambos os países nos últimos dias, embora as principais infraestruturas de petróleo e gás e os fluxos tenham sido poupados até agora. “As últimas 96 horas foram muito preocupantes”, disse o CEO da Shell, Wael Sawan, à CNBC americana na terça-feira (17).
Os principais executivos de petróleo levantaram preocupações sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã, alertando sobre as consequências de novos ataques em infraestruturas de energia chave.
O ataque surpresa de Israel à infraestrutura militar e nuclear do Irã na sexta-feira foi seguido por quatro dias de intensas batalhas entre os rivais regionais. Algumas instalações de petróleo e gás foram atingidas em ambos os países nos últimos dias, embora as principais infraestruturas de energia e fluxos de petróleo tenham sido poupados até o momento.
O potencial para uma grande interrupção no fornecimento permanece uma preocupação central, especialmente em cenários pessimistas, como o bloqueio pelo Irã do altamente estratégico Estreito de Ormuz.
“As últimas 96 horas foram muito preocupantes… tanto para a região quanto, de forma mais ampla, em termos de para onde o sistema energético global está indo, dada a incerteza e o cenário que vemos agora e a volatilidade geopolítica”, disse Sawan, CEO da Shell, a JP Ong da CNBC na terça-feira (17).
Falando na conferência Energy Asia em Kuala Lumpur, Malásia, Sawan disse que a empresa listada em Londres tem uma “presença significativa” no Oriente Médio, tanto em termos de ativos operados quanto de remessas.
“Como navegamos nos próximos dias e semanas, a situação é algo que está particularmente na mente de mim e da equipe de liderança”, disse Sawan.
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Os preços do petróleo negociaram em alta na terça-feira (17), estendendo os ganhos recentes. O Brent, referência internacional, estava a US$ 74,84 (R$ 365,41) por barril às 13h15, horário de Londres, subindo mais de 2%. Os futuros do West Texas Intermediate dos EUA, com entrega em julho, estavam em alta de 2% a US$73,2 (R$ 357,64).
Os comerciantes de petróleo veem o conflito entre Israel e Irã como o evento geopolítico mais significativo desde que a Rússia lançou sua invasão em larga escala à Ucrânia em 2022.
O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, disse que a principal preocupação da gigante do petróleo francesa em meio às tensões entre Israel e Irã é a segurança de seus funcionários na região.
“Somos a maior empresa internacional de petróleo na região. Nascemos há 100 anos no Iraque e ainda temos operações no Iraque, Abu Dhabi, Catar e Arábia Saudita”, disse Pouyanné à CNBC, à margem do mesmo evento.
Pouyanné disse que espera que novos ataques não atinjam instalações de petróleo “porque isso poderia se tornar um problema real, não apenas em termos de segurança e riscos, mas também em termos de mercados globais”.
À medida que Israel e Irã continuam a trocar ataques, alguns proprietários de navios começaram a evitar o Estreito de Ormuz. A via navegável, que conecta o Golfo Pérsico ao Mar Arábico, é reconhecida como um dos mais importantes gargalos de petróleo do mundo.
A incapacidade do petróleo de atravessar o Estreito de Ormuz, mesmo que temporariamente, pode aumentar os preços globais de energia, elevar os custos de transporte e criar atrasos significativos no fornecimento. No entanto, observadores de mercado permanecem céticos de que o Irã tentará fechar a via navegável, sugerindo que isso pode até ser fisicamente impossível.
Amjad Bseisu, CEO da EnQuest, sediada no Reino Unido, descreveu 2025 como “o ano da volatilidade”.
“É quase como se todos os dias víssemos algo diferente, mas obviamente esta guerra entre Israel e Irã é mais um passo à frente”, disse Bseisu à CNBC na terça-feira (17).
“Quanto mais rápido pudermos chegar ao fim deste terrível conflito, melhor para os mercados como um todo, mas eu acredito que o mercado está bem abastecido no curto a médio prazo”, acrescentou.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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