Coreia do Sul aprova impeachment de presidente interino Han Duck-soo
Netflix quebra recorde de streaming com jogos da NFL no Natal
Após ano turbulento, Nike encara longa jornada para se reerguer
Compra de siderúrgica tradicional dos EUA por empresa do Japão pode ser decidida por Biden
Receitas de publicidade nos EUA devem ficar estáveis em 2025, com destaque para esportes
Publicado 27/11/2024 • 14:42
KEY POINTS
O "Jesus digital" é fruto de uma parceria entre a igreja e o laboratório de pesquisa da Universidade de Ciências Aplicadas de Lucerna (HSLU), na Suíça.
Foto: Reprodução/Katholische Kirche Stadt Luzern.
A Igreja de São Pedro, na cidade de Lucerna, na Suíça, inovou ao substituir de forma temporária a figura do padre no confessionário por meio de uma inteligência artificial (IA). Chamada de “Deus in Machina“, a iniciativa apresenta um avatar de Jesus capaz de dialogar com fiéis em mais de cem idiomas.
Do outro lado do confessionário, os fiéis conseguem ver a imagem de Cristo por meio de uma tela, que responde às dúvidas em tempo real. O “Jesus digital” é fruto de uma parceria entre a igreja e o laboratório de pesquisa da Universidade de Ciências Aplicadas de Lucerna (HSLU). A instalação artística ficou disponível por dois meses de 23 de agosto a 20 de outubro de 2024.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Marco Schmid, teólogo da capela, explicou que o objetivo do projeto era entender como as pessoas reagiam a um Jesus no formato digital. “Queríamos ver e entender como as pessoas reagem a um Jesus em IA. Sobre o que elas conversariam com ele? Haveria interesse em conversar? Provavelmente somos pioneiros nisso. Consideramos criar um avatar de um teólogo, uma pessoa comum ou um santo, mas concluímos que a melhor figura seria o próprio Jesus”, afirmou.
A IA, lançada em agosto, foi treinada com textos religiosos e interagiu com mais de mil pessoas de diferentes partes do mundo durante dois meses, desde China até Vietnã. Neste tempo, os visitantes faziam perguntas e recebiam respostas em tempo real. Por questões de segurança, eles foram orientados a não compartilhar informações pessoais.
Enquanto alguns descreveram a experiência como “espiritual e inspiradora”, outros a consideraram “artificial e desconectada”. Comunidades religiosas também criticaram o projeto, questionando a validade de uma interação espiritual medida por uma máquina.
Um repórter do The Guardian experimentou o dispositivo e descreveu as respostas como, às vezes, “banais, repetitivas e exalando uma sabedoria que lembra clichês de calendário”.
O teólogo relatou que as respostas da inteligência artificial variavam de “inspiradoras a superficiais”. Para evitar problemas, a igreja fez testes rigorosos com o objetivo de prevenir respostas ilegais, explícitas ou que oferecessem interpretações ou conselhos espirituais que conflitassem com os ensinamentos cristãos.
De acordo com Schmid, o projeto é um experimento educativo e acessível, não tendo o propósito de substituir os padres permanentemente. Ele acredita que, no futuro, a tecnologia pode atuar como um guia espiritual multilíngue, complementando no auxílio de questões religiosas.
“Acho que há uma sede de falar com Jesus. As pessoas querem ter uma resposta: elas querem palavras e ouvir o que ele está dizendo. Acho que esse é um elemento disso. Então, é claro, há a curiosidade disso. Elas querem ver o que é isso”, afirmou.
Mais lidas
Mercado de fusões pode crescer em 2025, diz Ricardo Lacerda, do BR Partners
Dólar sobe e atinge R$ 6,19, refletindo incertezas econômicas globais e nacionais
Lula decide vetar aperto no BPC; medida foi confirmada por líderes do governo no Congresso
China investiga volume de importação de carne bovina; Brasil diz que não causa impacto na indústria do país asiático
Netflix quebra recorde de streaming com jogos da NFL no Natal