Impacto das tarifas de Trump não será significativo no curto prazo, diz CEO da Nvidia
Publicado 19/03/2025 • 12:19 | Atualizado há 5 horas
Publicado 19/03/2025 • 12:19 | Atualizado há 5 horas
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Jensen Huang, CEO da Nvidia, em entrevista à CNBC Internacional.
Reprodução.
Em entrevista nesta quarta-feira (19) ao programa Squawk on the Street, da CNBC Internacional, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não terão um impacto significativo para a empresa — pelo menos a curto prazo.
“Parceiros estão trabalhando conosco para trazer a manufatura para cá. No curto prazo, o impacto das tarifas não será significativo”. “Temos muita IA para construir. A IA é a base, o sistema operacional de todas as indústrias no futuro… Estamos entusiasmados em construir na América”, acrescentou.
Trump iniciou uma nova guerra comercial ao impor tarifas contra os três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, o que gerou respostas imediatas de México, Canadá e China. Recentemente, Trump afirmou que não mudará sua decisão de impor “tarifas recíprocas” contra países que aplicam barreiras comerciais a produtos americanos. A Casa Branca declarou que essas tarifas entrarão em vigor em 2 de abril.
Também na entrevista, Huang afirmou que a indústria robótica será uma das maiores infraestruturas de inteligência artificial do mundo. Segundo ele, a IA é uma ‘tecnologia mágica’ que pode ser usada em vários setores da economia.
“A tecnologia chegou a um ponto em que a gente pode criar a inteligência artificial em centros de treinamento com capacidade para treinar robôs e para simular esses robôs em um ambiente real. Se você pode treinar, simular e executar, isso vai ser muito mais rápido do que as pessoas pensam”, afirmou Huang.
Na terça-feira (18), a Nvidia apresentou novos chips voltados para o desenvolvimento e a implementação de modelos de inteligência artificial (IA) durante sua conferência anual, o GTC 2025.
O CEO da empresa, Jensen Huang, apresentou a linha Blackwell Ultra, prevista para chegar ao mercado no segundo semestre deste ano, e a Vera Rubin, nova geração de unidades de processamento gráfico (GPU), com lançamento programado para 2026.
Também na conferência, a General Motors e a Nvidia concordaram com uma colaboração estratégica que inclui a utilização de diversos produtos e serviços de inteligência artificial pela montadora.
De acordo com Huang, as novas iniciativas incluem construir sistemas personalizados de inteligência artificial usando plataformas de computação da Nvidia, incluindo “Omniverse with Cosmos”, para otimizar o planejamento de fábrica e a robótica da GM.
O papel da Nvidia sofreu uma forte liquidação no início deste ano devido a preocupações levantadas pelo laboratório chinês de IA DeepSeek, que sugeriu que empresas poderiam obter maior desempenho em IA com custos de infraestrutura significativamente menores.
Huang contestou essa teoria, afirmando que a DeepSeek popularizou modelos de raciocínio que exigirão mais chips. A Nvidia, que projeta e fabrica unidades de processamento gráfico (GPUs) essenciais para o crescimento da IA, foi proibida de fazer negócios na China devido a controles de exportação intensificados no final do governo Biden.
Huang já havia declarado que a participação da China na receita da Nvidia caiu pela metade devido às restrições de exportação, acrescentando haver outras pressões competitivas no país, incluindo a concorrência da Huawei.
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