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Inflação na China volta ao positivo em outubro após meses de deflação

Publicado 09/11/2025 • 07:33 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Inflação na China sobe 0,2% em outubro, superando previsões.
  • Preços ao produtor caem 2,1% e completam três anos de deflação.
  • Exportações para os EUA recuam 25%, ampliando pressão econômica.
Inflação na China volta ao positivo em outubro após meses de deflação

Julie Sebadelha / AFP

Chefe do BHV instalou na loja um grande cartaz em que posa com o CEO executivo da Shein, Donald Tang

A inflação na China voltou ao campo positivo em outubro, encerrando meses de deflação que marcaram boa parte de 2025. O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados neste domingo pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado superou as expectativas de estabilidade e foi o mais forte do ano.

A leitura mensal também mostrou crescimento de 0,2%, impulsionada pela demanda do feriado do Dia Nacional e do Festival do Meio Outono, que estimulou o consumo doméstico. “As políticas voltadas à expansão da demanda interna começaram a produzir efeito”, afirmou Dong Lijuan, estatística-chefe do NBS, em comunicado.

Deflação nas fábricas diminui, mas completa três anos

O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os custos na porta das fábricas, recuou 2,1% em outubro na comparação anual, o que representa o 36º mês consecutivo de deflação. Ainda assim, o resultado foi ligeiramente melhor do que a queda de 2,2% esperada por analistas. Na comparação com setembro, houve leve alta de 0,1%, sinalizando início de estabilização.

Os dados indicam que o governo chinês vem conseguindo aliviar parte da pressão deflacionária por meio de medidas de estímulo e políticas industriais. Mesmo assim, a economia ainda enfrenta desafios de sobrecapacidade produtiva e baixa confiança do consumidor.

Exportações em queda e desaceleração industrial

Em outubro, as exportações chinesas surpreenderam com nova retração, caindo 25% nas vendas para os Estados Unidos — o sétimo mês consecutivo de queda de dois dígitos. A atividade industrial também recuou além do esperado, atingindo o menor nível em seis meses, conforme o índice oficial de gerentes de compras (PMI).

Os subíndices de produção, novas encomendas e emprego continuaram em território contracionista, refletindo a desaceleração do setor manufatureiro. Analistas apontam que o excesso de oferta e a fraca demanda global continuam pesando sobre a inflação na China.

Perspectivas e nova agenda econômica

Apesar dos dados mistos, a liderança chinesa reiterou o compromisso de impulsionar o consumo doméstico e reduzir a dependência de exportações. Durante reunião em outubro, o governo anunciou um plano de cinco anos com foco em inovação, autossuficiência tecnológica e expansão do mercado interno.

O cenário de curto prazo pode melhorar após a trégua comercial entre o presidente Donald Trump e Xi Jinping, firmada em encontro na Coreia do Sul no fim de outubro. O acordo reduziu o risco de escalada nas tensões bilaterais e trouxe algum alívio aos exportadores.

Mesmo com sinais de estabilização, economistas alertam que a recuperação da inflação na China dependerá do fortalecimento da renda das famílias e de reformas fiscais que reduzam a competição excessiva entre governos locais e indústrias.

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