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Inflação nos EUA cresce 2,7% em julho, menos que o esperado diante das tarifas

Publicado 12/08/2025 • 10:36 | Atualizado há 4 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O índice de preços ao consumidor (IPC) dos Estados Unidos subiu 0,2% em julho, já descontados os efeitos sazonais, e acumulou alta de 2,7% nos últimos 12 meses, informou o Bureau of Labor Statistics (BLS) nesta terça-feira (12).
  • As projeções do Dow Jones indicavam aumentos de 0,2% para o mês e 2,8% para o ano.
  • O resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado, enquanto as tarifas aplicadas pelo presidente Donald Trump tiveram impactos, em sua maioria, modestos.

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O índice de preços ao consumidor (IPC) dos Estados Unidos subiu 0,2% em julho, já descontados os efeitos sazonais, e acumulou alta de 2,7% nos últimos 12 meses, informou o Bureau of Labor Statistics (BLS) nesta terça-feira (12).

As projeções do Dow Jones indicavam aumentos de 0,2% para o mês e 2,8% para o ano. O resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado, enquanto as tarifas aplicadas pelo presidente Donald Trump tiveram impactos, em sua maioria, modestos.

Excluindo alimentos e energia, o núcleo do IPC avançou 0,3% no mês e 3,1% em relação ao ano anterior, contra previsões de 0,3% e 3%, respectivamente. Autoridades do Federal Reserve geralmente consideram a inflação núcleo como uma leitura melhor para tendências de longo prazo.

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Um aumento de 0,2% nos custos com moradia foi o principal responsável pela alta no índice, enquanto os preços dos alimentos ficaram estáveis e a energia caiu 1,1%, segundo o BLS.

Os preços de veículos novos, sensíveis às tarifas, também permaneceram estáveis, embora carros e caminhões usados tenham subido 0,5%. Serviços de transporte e de cuidados médicos registraram altas de 0,8%.

Os contratos futuros do mercado de ações tiveram ganhos após a divulgação do relatório, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro ficaram, em sua maioria, mais baixos.

“As tarifas estão nos números, mas certamente não estão disparando alarmes neste momento”, disse à CNBC Jared Bernstein, ex-economista da Casa Branca. Bernstein trabalhou no governo do ex-presidente Joe Biden.

O relatório chega em um momento crítico tanto para a economia quanto para o próprio BLS, que tem sido alvo de críticas do presidente Trump, que o acusa de viés político contra ele. Trump demitiu o comissário anterior do BLS após um relatório surpreendentemente fraco do emprego não rural em julho, divulgado no início do mês, e na segunda-feira anunciou que indicará E.J. Antoni, um crítico do órgão, como novo chefe.

Enquanto as disputas políticas ocorrem, autoridades do Fed acompanham de perto as medidas de inflação enquanto avaliam sua próxima decisão sobre a taxa de juros em setembro.

A questão central é se as tarifas causarão um aumento pontual nos preços ou se provocarão uma alta duradoura na inflação. Economistas geralmente veem o impacto das tarifas como um aumento temporário, embora a ampla gama de produtos afetados pelos decretos de Trump tenha gerado preocupações de que o efeito possa ser mais prolongado.

Os preços futuros indicam fortemente uma redução da taxa de juros pelo Fed em setembro. Contudo, uma série de dados a serem divulgados até lá poderá influenciar tanto a decisão dessa reunião quanto o rumo futuro do banco central. Recentemente, autoridades do Fed têm demonstrado níveis crescentes de preocupação com o mercado de trabalho, o que pode favorecer cortes nas taxas.

O IPC não é a principal ferramenta de previsão de inflação usada pelo Fed. O banco central utiliza o índice de preços de gastos com consumo pessoal, do Departamento de Comércio, mas o IPC, assim como o índice de preços ao produtor que será divulgado na quinta-feira, compõem essa análise.

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