Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Investigação revela que 83% das vítimas fatais em Gaza são civis, segundo dados sigilosos de Israel
Publicado 22/08/2025 • 16:04 | Atualizado há 3 horas
Texas Instruments anuncia Megaprojeto de US$ 60 bilhões onde a Apple fará chips para iPhone
Agentes do FBI realizam busca na casa de John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump
Você é inteligente o suficiente para investir em ativos privados? Criar um teste para investidores é um desafio, dizem especialistas
DeepSeek afirma que novos modelos de chips chineses serão equivalentes a análogos americanos
Nvidia pode suspender produção do chip H20 após restrições da China, dizem reportagens
Publicado 22/08/2025 • 16:04 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Nova economia de guerra vem motivando países a aumentarem investimentos bélicos
Reprodução/Fotos Públicas
Uma investigação internacional revelou que, entre as vítimas fatais do conflito na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, cerca de 83% eram civis, segundo dados sigilosos da inteligência militar de Israel. A apuração foi conduzida pelo jornal britânico The Guardian, em colaboração com os veículos israelenses +972 Magazine e Local Call.
Até maio deste ano, a inteligência de Israel identificou 8.900 mortos classificados como militantes de grupos armados, diante de um total aproximado de 53 mil mortos no período do conflito. Isso significa que, a cada seis palestinos mortos pelas forças israelenses, cinco eram civis, enquanto os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina representaram 17% das vítimas, conforme os números internos analisados.
Leia mais:
Plano militar de Israel para Gaza provoca reunião de emergência e condenação internacional
Plano de Israel para Gaza pode levar a ‘outra calamidade’, alerta ONU
Israel afirma que sem a libertação dos reféns em Gaza, a guerra ‘prosseguirá’
O levantamento do Uppsala Conflict Data Program (UCDP), da Suécia, aponta que situações com proporção semelhante ou maior de mortes civis aconteceram apenas em episódios como o massacre de Srebrenica, o genocídio de Ruanda e o cerco russo a Mariupol, em 2022.
Questionados sobre o banco de dados confidencial, porta-vozes militares de Israel não contestaram a existência dos registros nem os números reportados. No entanto, ao serem procurados pelo The Guardian, alegaram que “os números apresentados no artigo estão incorretos” e negaram que reflitam os dados oficiais das Forças de Defesa de Israel, sem fornecer mais detalhes, segundo o jornal britânico.
O acervo de informações analisado pela reportagem cita 47.653 palestinos considerados ativos nas alas militares do Hamas e da Jihad Islâmica, com base em documentos supostamente internos apreendidos em Gaza. Esses papéis, no entanto, não foram visualizados nem autenticados pelos jornalistas.
Fontes de inteligência próximas ao banco de dados afirmaram que os militares consideram essas informações a principal estimativa confiável sobre mortes no conflito. Paralelamente, os militares de Israel também observam os números do Ministério da Saúde de Gaza, apesar de políticos israelenses frequentemente desacreditarem esses dados devido ao controle do Hamas sobre o órgão.
Ambos os sistemas de contagem podem não refletir o número total de vítimas, pois o Ministério da Saúde de Gaza registra apenas corpos recuperados, enquanto milhares de pessoas seguem sob os escombros. A inteligência militar de Israel também não tem acesso a todas as informações sobre baixas de combatentes ou recrutamentos recentes, conforme o The Guardian.
Estimativas de autoridades e generais israelenses apontam que até 20 mil combatentes de grupos armados podem ter sido mortos, mas esses dados podem incluir civis ligados ao Hamas, como funcionários públicos e policiais, o que contraria normas internacionais de guerra.
A reportagem ainda destaca que, segundo o The Guardian, o comando sul de Israel autorizou soldados a reportar mortes em Gaza como baixas de militantes, sem necessidade de identificação formal. Apesar da destruição generalizada e do alto número de mortes, o banco de dados militar mantém quase 40 mil pessoas classificadas como combatentes ainda vivas.
Após maio, a proporção de civis mortos pode ter crescido, especialmente depois da tentativa de Israel de assumir funções de organizações humanitárias e da ONU na região. Os residentes do norte de Gaza receberam ordens para evacuar, diante da preparação de uma nova ofensiva terrestre.
No mesmo período, Israel aprovou, na quarta-feira (20), um projeto para construção de 3.400 novas unidades habitacionais na Cisjordânia ocupada, medida criticada por opositores, que alegam que a expansão poderá dividir o território palestino e inviabilizar um Estado palestino contínuo.
A ocupação e colonização da Cisjordânia, vizinha da Jordânia, ocorre desde 1967 sob diversos governos israelenses, com intensificação do processo no contexto da guerra em Gaza, deflagrada em 7 de outubro de 2023, depois do ataque do Hamas contra Israel. Confrontos frequentes, inclusive fatais, têm sido registrados entre comunidades palestinas, forças israelenses e colonos judeus na região.
__
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streaming
Mais lidas
Nova polícia de imigração de Portugal fecha cerco contra brasileiros irregulares
Embraer reage ao tarifaço dos EUA com ofensiva diplomática e comercial
‘Valorizamos quem aprende rápido’, afirma VP sênior da Siemens Energy sobre requalificação da mão de obra
Pressão política e expectativa por cortes nos juros: o que o mercado espera do discurso do presidente do Fed nesta sexta
CEO de empresa de tecnologia aponta desafios e soluções para melhorar experiência de uso de dados em casa pelos brasileiros