O ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, refutou na segunda-feira (23) as alegações de que Teerã havia concordado com um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA com Israel, ao mesmo tempo em que sinalizou que seu país estava pronto para interromper as hostilidades.
A declaração de Araghchi ocorre depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse à NBC News em uma entrevista exclusiva por telefone na segunda-feira à noite que o cessar-fogo entre Israel e o Irã durará “para sempre”.
“Até o momento, NÃO há ‘acordo’ sobre qualquer cessar-fogo ou cessação de operações militares”, disse o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, em uma publicação nas redes sociais no X às 4h16, horário local, acrescentando que se Israel parasse com sua agressão “até às 4h, horário de Teerã, não temos intenção de continuar nossa resposta depois disso”.
Confira:
Isso ocorreu após a afirmação de Trump de um cessar-fogo iminente.
“Partindo do princípio de que tudo funcionará como deveria, o que acontecerá, gostaria de parabenizar ambos os países, Israel e Irã, por terem a resistência, a coragem e a inteligência para acabar com o que deveria ser chamado de “A GUERRA DOS 12 DIAS”, escreveu Trump no Truth Social.
Israel não confirmou publicamente que aceitou o cronograma de cessar-fogo de Trump.
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Mais cedo, na segunda, Trump também agradeceu ao Irã por avisar os Estados Unidos com antecedência sobre o próximo ataque com mísseis à Base Aérea Americana de Al Udeid, no Catar. O aviso, segundo ele, “possibilitou que nenhuma vida fosse perdida e ninguém ficasse ferido”.
Essa descoberta ajudou a embaixada dos EUA em Doha a tomar a decisão de suspender a ordem de confinamento emitida antes do ataque.
O Catar reabriu seu espaço aéreo civil apenas seis horas após o ataque.
Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta na segunda-feira devido ao otimismo de que a retaliação do Irã pelos bombardeios dos EUA às suas instalações nucleares se limitaria ao ataque com mísseis.
Da mesma forma, os preços do petróleo caíram, pois os comerciantes respiraram aliviados após dias de preocupações de que um conflito mais amplo poderia forçar os petroleiros a evitar rotas de navegação vitais, como o Estreito de Ormuz.
As forças armadas do Irã se gabaram pela mídia estatal hoje cedo que um “poderoso e destrutivo ataque de míssil” atingiu a base, que abriga cerca de 10.000 soldados.
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