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‘Isso cria uma dinâmica de retaliação no comércio internacional’, diz especialista sobre tarifas de Trump
Publicado 13/02/2025 • 09:52 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 13/02/2025 • 09:52 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Desde que Donald Trump decidiu impor tarifas sobre produtos de alguns países, como China e Canadá, a relação diplomática entre as nações se tornou um tema preocupante. Isso porque, em resposta, alguns países optaram por taxar também os produtos americanos.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, nesta quinta-feira (13), Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM, conversou sobre os impactos da decisão do atual presidente dos Estados Unidos, tanto para seu país quanto para os outros envolvidos.
De acordo com a professora, a implementação de tarifas pelos Estados Unidos gera reações de outros governos.
“À medida que os Estados Unidos implementam essas medidas tarifárias, outros governos podem retaliar, focando em setores com baixa taxação sobre produtos americanos e aumentando as tarifas. Isso cria um ambiente de guerra tarifária, prejudicando todos os países e gerando instabilidade no comércio internacional.”
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Holzhacker também afirmou que setores específicos serão mais afetados. No Brasil, a principal preocupação é saber se as tarifas recíprocas impactarão o setor agropecuário, que é de grande importância. Outros países também estão avaliando quais setores serão mais atingidos e criando estratégias para mitigar os efeitos.
“Trump criou uma nova dinâmica no comércio internacional. Ele já havia feito isso no primeiro mandato, mas agora de forma mais contundente. Vamos aguardar para ver quais setores serão afetados e como os países irão reagir diante da escalada tarifária americana”, explicou a professora.
Holzhacker também ressaltou que essa situação pode ser prejudicial para os Estados Unidos, uma vez que outros países podem buscar alternativas para neutralizar os efeitos das tarifas.
O México, por exemplo, ameaçou taxar produtos como abacate e ovos em resposta às tarifas dos EUA, enquanto o Canadá cogitou taxar leite e vinho. Cada país avalia quais produtos impactam o consumo interno nos Estados Unidos.
Isso cria uma dinâmica de retaliação no comércio internacional, em que os países com maior força de negociação têm mais chances de sucesso. No Brasil e no Japão, por exemplo, a estratégia tem sido negociar setores específicos sem aumentar o custo de vida para os americanos, o que poderia prejudicar a popularidade de Trump.
Além disso, Holzhacker observou que o principal objetivo de Trump com essas tarifas é garantir maior acesso aos produtos americanos no comércio internacional, visando reduzir o déficit da balança comercial e incentivar a produção interna dos Estados Unidos.
Esses são os dois objetivos centrais das negociações. “Países que conseguirem identificar pontos de barganha nesse processo terão mais chances de negociar e provavelmente promoverão mudanças na relação com os EUA.
No entanto, o ambiente ainda é de grande instabilidade, pois a reação de outros países pode não seguir essa direção”, finalizou.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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