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Como Giorgio Armani transformou a moda em um negócio bilionário
Publicado 04/09/2025 • 10:34 | Atualizado há 22 minutos
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Publicado 04/09/2025 • 10:34 | Atualizado há 22 minutos
KEY POINTS
JULIEN DE ROSA / AFP
O mundo da moda se despede de Giorgio Armani, que morreu aos 91 anos nesta quinta-feira (4). Reconhecido por transformar o conceito de luxo contemporâneo, Armani construiu um império que movimenta bilhões de euros anualmente, influenciando gerações de estilistas.
A trajetória do designer é marcada por inovações que mudaram a estética e a estrutura da moda internacional. Entre suas contribuições mais significativas está a redefinição do terninho feminino, popularizando o chamado “power suit” na década de 1980, com ombros estruturados, cortes minimalistas e silhuetas fluidas. Ele também introduziu uma nova abordagem ao vestuário masculino, trazendo leveza e desconstruindo a rigidez da alfaiataria tradicional.
Além da estética, Armani foi pioneiro em transformar sua marca em um verdadeiro lifestyle de luxo. Ele expandiu seus negócios para áreas como hotéis, restaurantes, cosméticos, linha home e moda jovem. Essa estratégia de branding, segundo Valeska Nakad, coordenadora do curso de moda da Belas Artes, aliada à presença em filmes e eventos de gala, consolidou o nome Armani globalmente.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Valeska ressalta que Armani trouxe “cores mais limpas e neutras, que quebraram os excessos das décadas de 1970 e 1980” e que ele consolidou o conceito de casual sofisticado, presente tanto no vestuário premium quanto em linhas mais acessíveis, como Armani Exchange e Armani Jeans.
Armani também influenciou o casual wear, aproximando o conforto e a praticidade ao luxo, sem perder a sofisticação que se tornou marca registrada de sua grife. A combinação de elegância, inovação e visão estratégica permitiu que ele estruturasse um grupo empresarial sólido, capaz de faturar bilhões por ano e se consolidar como referência global em moda e estilo de vida.
Segundo a especialista, a contribuição de Giorgio Armani vai além das roupas: “Ele conseguiu levar os códigos de elegância para diferentes estilos e segmentos de mercado, sem perder a essência da marca”.
O estilista italiano Giorgio Armani, ícone da moda mundial, morreu aos 91 anos, cercado por seus entes queridos, informou o Grupo Armani nesta quinta-feira (4).
Fundador da marca que leva seu nome, ele se manteve ativo até o fim. “Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções e aos diversos projetos em andamento e futuros’, escreveu a empresa.
Armani havia cancelado o desfile de moda masculina em Milão no início do ano por motivos de saúde e também não compareceu ao desfile da Armani Privé em Paris, seguindo orientação médica.
“Ao longo dos anos, Giorgio Armani construiu uma visão que se expandiu da moda para todos os aspectos da vida, antecipando os tempos com extraordinária clareza e pragmatismo”, acrescentou.
Chamado de “Il Signor Armani” por funcionários e colaboradores, ele era reconhecido por sua capacidade de se conectar com pessoas de diferentes áreas e por seu olhar atento ao presente. Ao longo de sua carreira, expandiu sua visão da moda para diversos aspectos da vida, deixando uma marca de independência e inovação.
Leia também: As ativações das marcas de luxo no verão europeu
Em nota, o Grupo Armani, que celebra cinquenta anos de história, afirmou que continuará a refletir o espírito do fundador.
“Giorgio Armani sempre fez da independência de pensamento e ação sua marca registrada. A empresa reflete esse sentimento, hoje e sempre. Sua família e seus funcionários conduzirão o Grupo adiante, respeitando e mantendo esses valores”, escreveu.
A câmara funerária será montada em Milão, na Via Bergognone 59, dentro do Armani/Teatro, entre sábado, 6, e domingo, 7 de setembro, das 9h às 18h. O funeral será reservado, atendendo à vontade do estilista.
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