A agência espacial americana, NASA, deve perder cerca de 3.900 funcionários devido ao amplo esforço do presidente Donald Trump para enxugar a máquina pública dos Estados Unidos — justamente no momento em que o presidente coloca como prioridade as missões tripuladas para a Lua e Marte.
Em comunicado enviado por e-mail, a NASA informou que cerca de 3.000 funcionários participaram da segunda rodada do seu programa de demissão voluntária, que foi encerrado no fim da sexta-feira (25).
Redução significativa no quadro de funcionários civis
Somando esses números aos 870 que aderiram à primeira rodada e às saídas normais de servidores, o quadro de funcionários civis da agência deve cair de mais de 18 mil, antes de Trump assumir em janeiro, para algo em torno de 14 mil — uma queda superior a 20%.
Os servidores que estão saindo por meio desse programa de demissão voluntária da NASA serão colocados em licença administrativa até a data de desligamento, já acordada. Um porta-voz da agência afirmou que esses números ainda podem sofrer pequenas alterações nas próximas semanas.
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Missões para a lua e marte seguem como prioridade
“A segurança continua sendo uma das principais prioridades da NASA, enquanto buscamos ser uma organização mais enxuta e eficiente, sem abrir mão da nossa capacidade de liderar uma Nova Era de exploração e inovação, incluindo missões para a Lua e Marte”, afirmou a agência.
No início deste ano, o orçamento proposto pela administração Trump para a NASA colocou o retorno à Lua e a ida a Marte como objetivos centrais, cortando recursos de programas científicos e de pesquisa climática.
A Casa Branca afirma que quer apostar em “chegar na frente da China na corrida para voltar à Lua e colocar o primeiro ser humano em Marte”. A China pretende fazer seu primeiro pouso tripulado na Lua até 2030, enquanto o programa americano, chamado Artemis, já sofreu vários atrasos.
Comando da agência segue indefinido
A NASA segue sob comando interino, já que a primeira indicação do governo Trump para liderar a agência — o bilionário da tecnologia Jared Isaacman, apoiado pelo ex-conselheiro de Trump, Elon Musk — acabou rejeitada pelo próprio presidente republicano.
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