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Nvidia nega que seus chips de IA tenham ‘botão de desligar’ após acusação da China
Publicado 05/08/2025 • 15:54 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 05/08/2025 • 15:54 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
CEO da Nvidia, Jensen Huang
Thomas Samson/AFP
A Nvidia negou nesta terça-feira (5) as acusações da China de que suas GPUs para inteligência artificial em data centers teriam um recurso físico que permitiria desativar os chips remotamente, o chamado “kill switch”.
“As GPUs da Nvidia não têm e não deveriam ter kill switch nem portas dos fundos”, afirmou o diretor de segurança da empresa, David Reber, em uma publicação no blog oficial da companhia.
O post veio depois que a Administração do Ciberespaço da China informou, na semana passada, que precisava que a Nvidia entregasse documentos sobre o que chamou de vulnerabilidades de segurança no H20, chip de IA para data centers feito especialmente para o mercado chinês. Segundo o jornal New York Times, o órgão citou explicitamente riscos de “portas dos fundos”.
Essa declaração mostra como a Nvidia tenta navegar em meio às tensões geopolíticas, já que seus chips de IA continuam sendo muito procurados por empresas e governos do mundo todo. Parlamentares dos Estados Unidos discutem projetos de lei que exigiriam que chips de IA sujeitos a restrições de exportação tragam sistemas de rastreamento de localização.
Os EUA impuseram restrições à exportação de alguns chips da Nvidia para a China, alegando motivos de segurança nacional e dizendo que o país asiático poderia usar esses chips tanto para avançar em IA quanto para fins militares.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, defende que é melhor para os Estados Unidos se os chips da Nvidia se tornarem padrão global para computadores de IA, inclusive entre desenvolvedores chineses.
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O chip H20 rende bilhões de dólares (dezenas de bilhões de reais) por trimestre à Nvidia, mesmo que a empresa normalmente não detalhe esses números de receita. O produto chegou a ser proibido de ser exportado para a China em abril.
Segundo a empresa, a previsão de faturamento teria sido cerca de US$ 8 bilhões (aproximadamente R$ 43,97 bilhões) maior, caso não fossem as perdas com as recentes restrições de exportação do H20 para a China.
O governo Trump informou em julho que concederia uma autorização especial para que as vendas desses chips fossem retomadas.
Especialistas em tecnologia e segurança do Vale do Silício, em geral, acreditam que “portas dos fundos” — funções escondidas em um dispositivo que permitiriam a governos ou hackers acessar dados ou controlar o equipamento sem o conhecimento do usuário — são inaceitáveis em produtos comerciais.
A Apple, inclusive, já se recusou publicamente no passado a atender pedidos do governo para incluir essas “portas dos fundos” em seus produtos.
A Nvidia preferiu não comentar além do que foi publicado no blog.
No texto, David Reber argumentou que portas dos fundos secretas são vulnerabilidades perigosas que podem ser exploradas por hackers, não apenas por autoridades, e que elas “contrariam princípios básicos da cibersegurança”.
Ele também afirmou que caso um kill switch ou porta dos fundos seja implementado em produtos como as GPUs da Nvidia, isso prejudicaria os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos.
“Colocar um kill switch direto no chip é algo totalmente diferente: uma falha permanente, fora do controle do usuário, e um convite para tragédias”, escreveu Reber. “É como comprar um carro e a concessionária ficar com um controle remoto do freio de mão — caso um dia decida que você não deva mais dirigir.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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