Parlamento francês pode derrubar primeiro-ministro em votação na quarta
Publicado ter, 03 dez 2024 • 8:44 AM GMT-0300 | Atualizado há 72 dias
Musk vai retirar oferta se OpenAI continuar sem fins lucrativos, dizem advogados
Com Trump apostando na criptografia, touros do bitcoin acreditam que trilhões nos balanços corporativos serão os próximos
67% dos americanos endividados com cartão cometem esse ‘grande erro’, diz especialista
AppLovin dispara 33% após queda dos lucros; veja detalhes
Apesar de tarifas de Trump, Coreia do Sul ainda é porto seguro para GM e Hyundai
Publicado ter, 03 dez 2024 • 8:44 AM GMT-0300 | Atualizado há 72 dias
KEY POINTS
Michel Barnier em um discurso ao lado da presidente da Assembleia Nacional Francesa Yael Braun-Pivet
STEPHANE DE SAKUTIN/AFP
Os parlamentares franceses debaterão e votarão as moções de desconfiança apresentadas contra o governo de Michel Barnier na quarta-feira (3).
As moções, apresentadas pelo bloco de oposição de esquerda e pelo partido de extrema-direita Rassemblement National (Reagrupamento Nacional), serão debatidas por volta das 20h (horário de Brasília), informou a Assembleia Nacional nas redes sociais.
Caso qualquer uma das moções seja aprovada pelo parlamento, o governo terá que renunciar.
A votação ocorre após o primeiro-ministro francês, Michel Barnier, decidir na última segunda-feira (2) avançar com um polêmico projeto de orçamento sem aprovação parlamentar, utilizando poderes especiais previstos na Constituição.
Espera-se que a esquerda e a direita consigam formar uma aliança para destituir o atual governo de centro-direita.
“Barnier está à mercê do Rassemblement National de Marine Le Pen. Em conjunto com a esquerda unida, ela pode derrubar Barnier em uma moção de desconfiança”, disse Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg, em uma nota na semana passada.
As tentativas de compromisso sobre o projeto de orçamento — que prevê 60 bilhões de euros (R$ 380 bilhões) em aumentos de impostos e cortes de gastos para reduzir o déficit da França — fracassaram no fim de semana.
Ainda não está claro o que acontecerá se o governo for derrubado. Novas eleições parlamentares só podem ser realizadas em junho do próximo ano, 12 meses após a última eleição antecipada convocada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, este ano.
Macron também precisará nomear um novo primeiro-ministro — uma tarefa politicamente delicada, dada a natureza fragmentada do atual parlamento.
O índice CAC 40 da França subiu 0,57% após a confirmação da votação, enquanto o euro valorizou-se 0,3% em relação ao dólar americano. Os rendimentos dos títulos franceses permaneceram praticamente inalterados.
Economistas, no entanto, alertam que a instabilidade política iminente pode trazer consequências negativas para os ativos franceses. A incerteza já está elevando os custos de empréstimos do país ao maior nível em 12 anos em relação aos da Alemanha, equiparando-se aos da Grécia.
Mais lidas
Honda e Nissan encerram negociações de fusão
Shein quer que 85% de suas vendas no Brasil sejam de produtos ou de fornecedores locais
PIX: usuários relatam instabilidade em aplicativos de diversos bancos
Musk vai retirar oferta se OpenAI continuar sem fins lucrativos, dizem advogados
Após derrota para o Corinthians, Neymar critica bola oficial do paulistão: 'muito ruim'