Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Parlamento francês pode derrubar primeiro-ministro em votação na quarta
Publicado 03/12/2024 • 08:44 | Atualizado há 7 meses
Pesquisador da felicidade compartilha sua ‘regra dos 90 segundos’ para viver uma vida melhor e mais plena
Apple conquista grande vitória com ‘F1’, mas IA ainda é um problema em Cupertino
Musk apoia as críticas do senador Paul ao megaprojeto de lei de Trump no primeiro comentário desde sua aprovação
Prazo das tarifas de Trump está se aproximando para a Europa
CEO da OpenAI diz estar “politicamente sem teto” e critica Democratas
Publicado 03/12/2024 • 08:44 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Michel Barnier em um discurso ao lado da presidente da Assembleia Nacional Francesa Yael Braun-Pivet
STEPHANE DE SAKUTIN/AFP
Os parlamentares franceses debaterão e votarão as moções de desconfiança apresentadas contra o governo de Michel Barnier na quarta-feira (3).
As moções, apresentadas pelo bloco de oposição de esquerda e pelo partido de extrema-direita Rassemblement National (Reagrupamento Nacional), serão debatidas por volta das 20h (horário de Brasília), informou a Assembleia Nacional nas redes sociais.
Caso qualquer uma das moções seja aprovada pelo parlamento, o governo terá que renunciar.
A votação ocorre após o primeiro-ministro francês, Michel Barnier, decidir na última segunda-feira (2) avançar com um polêmico projeto de orçamento sem aprovação parlamentar, utilizando poderes especiais previstos na Constituição.
Espera-se que a esquerda e a direita consigam formar uma aliança para destituir o atual governo de centro-direita.
“Barnier está à mercê do Rassemblement National de Marine Le Pen. Em conjunto com a esquerda unida, ela pode derrubar Barnier em uma moção de desconfiança”, disse Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg, em uma nota na semana passada.
As tentativas de compromisso sobre o projeto de orçamento — que prevê 60 bilhões de euros (R$ 380 bilhões) em aumentos de impostos e cortes de gastos para reduzir o déficit da França — fracassaram no fim de semana.
Ainda não está claro o que acontecerá se o governo for derrubado. Novas eleições parlamentares só podem ser realizadas em junho do próximo ano, 12 meses após a última eleição antecipada convocada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, este ano.
Macron também precisará nomear um novo primeiro-ministro — uma tarefa politicamente delicada, dada a natureza fragmentada do atual parlamento.
O índice CAC 40 da França subiu 0,57% após a confirmação da votação, enquanto o euro valorizou-se 0,3% em relação ao dólar americano. Os rendimentos dos títulos franceses permaneceram praticamente inalterados.
Economistas, no entanto, alertam que a instabilidade política iminente pode trazer consequências negativas para os ativos franceses. A incerteza já está elevando os custos de empréstimos do país ao maior nível em 12 anos em relação aos da Alemanha, equiparando-se aos da Grécia.
Mais lidas
Trump assina cartas tarifárias para 12 países
BC suspende três instituições do PIX suspeitas de terem recebido recursos desviados após ataque hacker
Presidente dos Correios entrega carta de demissão após prejuízo de R$ 2 bilhões
"Brics segue como fiador de um futuro promissor", diz Lula em fórum empresarial do Brics
“São os melhores seis meses dos EUA”, diz Trump durante assinatura do Megabill