Os contratos futuros do petróleo terminaram o dia em baixa de quase 2% nesta quinta-feira (9), com o alívio das tensões no Oriente Médio após o anúncio da implementação de um acordo de cessar-fogo em Gaza e da troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
O petróleo WTI para novembro, negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), encerrou o dia com queda de 1,66% (US$ 1,04, equivalente a R$ 5,55, na cotação atual), cotado a US$ 61,51 por barril (R$ 328,15). Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), caiu 1,55% (US$ 1,03 – R$ 5,50), fechando em US$ 65,22 por barril (R$ 347,70).
Desenvolvimentos políticos impulsionam queda nos preços do petróleo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira que o acordo entre Israel e o Hamas vai além da Faixa de Gaza e representa um passo importante para a “paz no Oriente Médio”.
Enquanto isso, o Hamas pediu aos EUA e a representantes árabes, islâmicos e de organismos internacionais que pressionem o governo de Israel a cumprir “totalmente as exigências do acordo”.
Análise do mercado
Segundo Dennis Kissler, da BOK Financial, os contratos futuros do petróleo estão “em uma fase de correção, já que o conflito entre Israel e o Hamas parece estar chegando ao fim”. De acordo com ele, a cotação da commodity deve ficar presa entre US$ 60 e US$ 65 o barril (R$ 320,10 a R$ 346,80) no curto prazo.
A Rystad Energy avalia que o efeito imediato nos mercados de petróleo deve ser uma leve redução no chamado prêmio de risco geopolítico — algo entre 1% e 2% do valor atual do Brent — à medida que o mercado entende melhor os detalhes do plano de paz. “No longo prazo, se o plano de paz realmente se mostrar confiável, o impacto nos preços pode ser mais profundo e estrutural”, afirma a consultoria.
Já a Oxford Economics lembra que essa ainda é apenas uma etapa inicial do cessar-fogo e que muitos fatores regionais e diplomáticos ainda podem influenciar a estabilidade dos preços nas próximas semanas.
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