Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

CNBC Tarifas de Trump não poupam nenhum país — 5 locais inusitados atingidos por taxas, incluindo uma ilha desabitada

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Por que Trump deixou a Rússia de fora das tarifas?

Publicado 07/04/2025 • 21:14 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A Rússia ficou de fora das tarifas de Trump porque já está sob sanções que limitam o comércio com os EUA — mas isso não impediu a inclusão de países com trocas ainda menores, como a Síria
  • Trump adota uma postura mais pragmática com Moscou e tem priorizado negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, inclusive oferecendo tarifas como moeda de troca
  • A exclusão da Rússia das tarifas alimenta críticas sobre possíveis alinhamentos políticos e reforça a percepção de que as decisões econômicas de Trump também têm forte componente geopolítico
Pessoas Caminhando Em Uma Estrada De Concreto Com Edifícios De Altura Média Sob Um Céu Nublado

Trump não incluiu a Rússia na lista de países afetados por tarifas

Pexels

Enquanto dezenas de países — incluindo aliados históricos dos Estados Unidos — foram alvo das novas tarifas anunciadas por Donald Trump, a ausência da Rússia na lista chamou atenção. Por que o país liderado por Vladimir Putin ficou de fora?

Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, as sanções já em vigor contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia “impedem qualquer comércio significativo”. Por isso, tarifas adicionais seriam desnecessárias. O mesmo vale para Belarus, Cuba e Coreia do Norte.

No entanto, a justificativa levantou dúvidas. Isso porque países com volumes ainda menores de comércio com os EUA, como a Síria — que exportou apenas US$ 11 milhões em 2023, de acordo com dados da ONU citados pela Trading Economics —, foram incluídos na lista. Em contraste, o comércio entre EUA e Rússia somou US$ 3,5 bilhões em 2024, com foco em fertilizantes, combustível nuclear e metais.

A imprensa russa, com tom de deboche, afirmou que a exclusão não representa privilégio, mas sim o resultado das sanções já existentes. Segundo a emissora estatal russa Rossiya 24, “as tarifas não foram impostas à Rússia, mas não por causa de um tratamento especial”.

Recentemente, uma autoridade russa esteve em Washington para negociar um possível cessar-fogo com a Ucrânia, e Trump ameaçou tarifar em 50% os países que comprarem petróleo russo caso Putin não entre em um acordo sobre o fim do confronto.

A Ucrânia, aliás, foi incluída na nova rodada de tarifas de Trump e terá de pagar 10% sobre suas exportações aos EUA, afetando principalmente pequenos produtores. A vice-primeira-ministra Yulia Svyrydenko afirmou que o país busca melhores condições com os americanos: “A Ucrânia tem muito a oferecer como parceiro confiável”.

Enquanto isso, veículos controlados pelo Kremlin zombam do alcance global das tarifas de Trump — especialmente da inclusão das desabitadas ilhas Heard e McDonald. “Parece que alguns pinguins terão que pagar tarifa de 10%”, ironizou a Zvezda TV, ligada ao Ministério da Defesa da Rússia.

Nos bastidores, a ausência da Rússia na lista de tarifas reacende questionamentos sobre a relação de Trump com Putin — e sobre os reais interesses por trás de suas decisões comerciais.

* Com informações da BBC

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