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‘Pressão política de Trump não deve mudar a postura de Powell’, analisa estrategista da Avenue
Publicado 21/08/2025 • 23:28 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 21/08/2025 • 23:28 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O tradicional simpósio de política econômica do Federal Reserve (Fed), em Jackson Hole, Wyoming, reúne nesta semana banqueiros centrais, investidores e economistas de todo o mundo. No centro das atenções está o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, marcado para esta sexta-feira (22), com expectativa de sinalizações sobre a trajetória da taxa de juros nos Estados Unidos.
De acordo com Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, presente no evento, as apostas majoritárias do mercado — cerca de 80% — ainda indicam corte de juros em setembro, mas os dados recentes de atividade e inflação podem adiar esse movimento.
“A inflação segue resiliente, a economia americana ainda mostra força, e o Fed terá mais indicadores antes da próxima decisão. Por isso, é pouco provável que Powell abra claramente a porta para cortes já em setembro”, avaliou.
A presença da política no debate também chama atenção. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem feito críticas abertas ao Fed e a Powell, o que é considerado atípico no ambiente institucional americano.
Castro Alves destacou a postura do presidente do Fed em evitar embates:
“Powell é discreto, evita respostas políticas diretas. Isso reforça a solidez do Fed e transmite segurança ao mercado. O mais provável é que mantenha o tom técnico, reafirmando que as decisões dependem dos dados.”
Enquanto aguardam o discurso, os mercados operam em compasso de espera, com o S&P 500 acumulando cinco quedas consecutivas na semana. Para o estrategista, parte desse movimento reflete balanços fracos do setor de varejo, em contraste com resultados positivos das empresas de tecnologia.
Castro Alves também apontou pressões de preços vindas do consumo básico:
“Alimentos como carne e café já mostram aumento de preços, e alguns itens de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, também começam a pesar. Por outro lado, serviços e moradia têm desacelerado, o que impede uma disparada da inflação.”
A fala de Powell será decisiva para calibrar apostas sobre os próximos passos do Fed. Se o discurso indicar cautela, o mercado pode adiar para o fim do ano a expectativa de cortes de juros.
“Powell deve reforçar o caráter data dependent, ou seja, de que tudo depende dos próximos dados econômicos. No balanço entre um tom mais duro (hawkish) ou mais brando (dovish), o mais provável é que siga numa linha de leve cautela, sem ceder à pressão política”, concluiu.
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