Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Reino Unido espera escapar de tarifas de Trump
Publicado 02/04/2025 • 08:25 | Atualizado há 3 meses
Pesquisador da felicidade compartilha sua ‘regra dos 90 segundos’ para viver uma vida melhor e mais plena
Apple conquista grande vitória com ‘F1’, mas IA ainda é um problema em Cupertino
Musk apoia as críticas do senador Paul ao megaprojeto de lei de Trump no primeiro comentário desde sua aprovação
Prazo das tarifas de Trump está se aproximando para a Europa
CEO da OpenAI diz estar “politicamente sem teto” e critica Democratas
Publicado 02/04/2025 • 08:25 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Presidente Trump durante solenidade do Mês da História das Mulheres nos EUA.
RS/Fotos Públicas
Em meio ao desafio de equilibrar sua relação comercial com os Estados Unidos, o Reino Unido ainda espera escapar de algumas das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump. Enquanto países ao redor do mundo se preparam para a implementação de novas tarifas comerciais dos EUA e com mais taxas específicas no horizonte. Londres busca minimizar o impacto das medidas sobre suas exportações.
Nas últimas semanas, o Reino Unido tem enfatizado seu relacionamento comercial mais equilibrado com os Estados Unidos, na tentativa de obter um tratamento mais brando por parte de Trump.
O ex-presidente tem criticado os déficits comerciais dos EUA com seus principais parceiros, como Canadá, China, México e União Europeia, e já impôs ou ameaçou impor tarifas de até 25% sobre importações desses países.
Os laços comerciais entre Reino Unido e EUA são mais equilibrados: dados divulgados em fevereiro apontam para uma quase paridade entre importações e exportações de bens, além de um superávit britânico na balança de serviços.
Manter boas relações com Washington é essencial para o Reino Unido, já que os EUA foram seu maior parceiro comercial no ano até setembro de 2024, representando mais de 17% do comércio total britânico, segundo dados oficiais.
Trump já demonstrou simpatia pelo Reino Unido e gostou visivelmente de sua visita de Estado ao país. Recentemente, ele foi convidado pelo rei Charles para uma segunda visita. Além disso, o ex-presidente parece ter uma boa relação com o primeiro-ministro Keir Starmer, apesar de suas diferenças ideológicas.
Trump já reconheceu que o comércio entre os dois países não é um grande problema para ele e declarou acreditar na possibilidade de um acordo comercial.
No entanto, a promessa de Trump de impor tarifas a “todos os países” enfraqueceu as esperanças britânicas de um acordo específico com Washington antes que um pacote de tarifas setoriais e recíprocas seja anunciado pela Casa Branca nesta quarta-feira (03).
Ainda assim, há uma pequena margem de esperança, dado o histórico de Trump de oscilar entre posições mais brandas e punitivas.
O Washington Post noticiou na última terça-feira (01) que assessores da Casa Branca elaboraram uma proposta para aplicar tarifas de aproximadamente 20% sobre a maioria das importações. O jornal, citando três fontes familiarizadas com o assunto, ressaltou que ainda há várias opções sendo avaliadas, o que significa que a taxa de 20% pode não se concretizar.
Outra possibilidade em discussão é a abordagem de tarifas recíprocas por país. A CNBC entrou em contato com a Casa Branca para comentar o assunto.
O primeiro-ministro Keir Starmer afirmou à Sky News na terça-feira que o Reino Unido está “trabalhando duro em um acordo econômico” com os EUA e que houve “rápidos avanços”, mas alertou que o processo pode levar tempo.
Apesar disso, ele reconheceu que o Reino Unido provavelmente será alvo de novas tarifas, especialmente após o anúncio de uma tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio, além de taxas sobre “todos os carros que não são fabricados nos Estados Unidos” – esta última já entrou em vigor na quarta-feira.
“Ninguém quer ver tarifas sendo aplicadas”, disse Starmer à Sky News. “Estamos trabalhando duro em um acordo econômico, no qual avançamos rapidamente, e espero que possamos encontrar soluções rápidas”, afirmou.
“A probabilidade é que haja tarifas. Ninguém quer isso. Estamos trabalhando de forma acelerada com os setores mais impactados. Ninguém quer uma guerra comercial. Mas eu tenho que agir no interesse nacional, e isso significa que todas as opções precisam permanecer sobre a mesa”, acrescentou.
O secretário de Comércio do Reino Unido, Jonathan Reynolds, garantiu à BBC na terça-feira que as negociações com o governo Trump colocam o país na “melhor posição possível entre todas as nações” para reverter tarifas comerciais.
Ainda não está claro quais medidas exatas serão anunciadas na quarta-feira, segundo economistas.
“Sobre o anúncio de tarifas, ainda não sabemos quais países serão afetados e quais serão as alíquotas. É justo dizer que a administração pode não ter um plano final definido até o momento”, afirmaram estrategistas do Deutsche Bank em uma análise enviada por e-mail na terça-feira.
“Na segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o anúncio previsto no Rose Garden incluirá tarifas ‘baseadas em países’, com mais tarifas setoriais sendo implementadas posteriormente”, acrescentaram os analistas.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
Trump assina cartas tarifárias para 12 países
BC suspende três instituições do PIX suspeitas de terem recebido recursos desviados após ataque hacker
Presidente dos Correios entrega carta de demissão após prejuízo de R$ 2 bilhões
"Brics segue como fiador de um futuro promissor", diz Lula em fórum empresarial do Brics
BNDES: Fundo Clima já recebeu US$ 2 bi e em 2025 será colocado igual valor, diz Nelson Barbosa