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Rendimentos dos títulos do Japão atingem máximas em décadas com temor fiscal antes das eleições

Publicado 15/07/2025 • 13:12 | Atualizado há 7 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O rendimento dos títulos públicos japoneses de 10 anos subiu nesta terça-feira (15) ao maior patamar desde 2008, refletindo as crescentes preocupações com os gastos fiscais antes das eleições para a câmara alta do Parlamento.
  • Segundo dados da LSEG, os rendimentos dos títulos de 10 anos alcançaram 1,599%, o nível mais alto desde 2008.
  • Já os rendimentos dos títulos de 30 anos chegaram a 3,21%, enquanto os títulos de 20 anos atingiram o maior nível desde 1999.
Bandeira do Japão.

Roméo A./Unsplash.

Bandeira do Japão.

O rendimento dos títulos públicos japoneses de 10 anos subiu nesta terça-feira (15) ao maior patamar desde 2008, refletindo as crescentes preocupações com os gastos fiscais antes das eleições para a câmara alta do Parlamento.

Segundo dados da LSEG, os rendimentos dos títulos de 10 anos alcançaram 1,599%, o nível mais alto desde 2008. Já os rendimentos dos títulos de 30 anos chegaram a 3,21%, enquanto os títulos de 20 anos atingiram o maior nível desde 1999.

“Os rendimentos de longo e superlongo prazo estão subindo atualmente por conta das expectativas de expansão fiscal após as eleições para a câmara alta que acontecem na próxima semana”, afirmou Ken Matsumoto, estrategista macroeconômico do Japão no Crédit Agricole CIB.

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Um número significativo de políticos e partidos japoneses discute ativamente a possibilidade de cortes no imposto sobre consumo antes das eleições marcadas para este domingo. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, afirma que não recorrerá a cortes de impostos financiados por mais emissão de dívida, embora partidos de oposição defendam tanto os cortes quanto o aumento dos gastos, o que pode elevar ainda mais o endividamento.

Essa incerteza política gera dúvidas sobre o compromisso do governo japonês com a disciplina fiscal, segundo Vishnu Varathan, chefe de pesquisa macroeconômica da Mizuho Securities para Ásia (exceto Japão).

O Japão possui um dos maiores níveis de dívida pública em relação ao tamanho da economia no mundo. Embora o governo reconheça a necessidade de mais disciplina fiscal, ainda depende fortemente da emissão de nova dívida para cumprir suas obrigações. A arrecadação tributária sozinha não é suficiente para cobrir os gastos.

“O principal gatilho no momento são as eleições. As pessoas estão preocupadas porque os políticos falam em cortar o imposto sobre consumo, e cortes de impostos de qualquer tipo no Japão são suicidas”, disse Amir Anvarzadeh, estrategista de mercado de ações japonesas na Asymmetric Advisors. Ele ressaltou que, diante da atual situação fiscal, os cortes seriam desastrosos.

“É por isso que os bond vigilantes (investidores que exigem prêmios mais altos para comprar títulos) estão agindo. Eles estão dizendo: ‘precisamos de mais rendimento para investir no mercado de títulos’. Então, há uma pressão vendedora no mercado de JGBs (títulos do governo japonês)”, afirmou ele à CNBC.

Além das eleições, há outros fatores que podem antecipar a próxima alta de juros do Banco do Japão (BOJ). Embora ainda elevada, a inflação de Tóquio desacelerou para 3,1% em junho, abaixo dos 3,6% registrados em maio.

“Isso pode levar o BOJ a revisar sua projeção de inflação para cima, acelerando potencialmente o cronograma para a próxima alta na taxa de juros”, avaliou Carlos Casanova, economista sênior para Ásia no Union Bancaire Privée.

Outro ponto de atenção são os desequilíbrios entre oferta e demanda no mercado de títulos japonês, especialmente com seguradoras de vida tendo menos capacidade para absorver uma oferta adicional, alertou Masahiko Loo, estrategista sênior de renda fixa da State Street Investment Management.

Em junho, o Banco do Japão anunciou que reduzirá de forma mais lenta suas compras de títulos públicos a partir de abril do próximo ano e manteve a taxa de juros básica em 0,5%, diante do aumento dos riscos econômicos. O BOJ reiterou o plano de cortar suas compras mensais de títulos em cerca de 400 bilhões de ienes (US$ 2,76 bilhões) por trimestre, até atingir aproximadamente 3 trilhões de ienes até março de 2026, conforme orientação definida no ano passado.

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