Republicanos querem cortar incentivos fiscais para veículos elétricos e energia limpa
Publicado 21/05/2025 • 13:43 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 21/05/2025 • 13:43 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
O pacote tributário em discussão na Câmara dos Deputados pode revogar uma série de incentivos ao consumidor ligados à energia limpa
Kevin Carter | Getty Images News | Getty Images (Redação CNBC)
Os republicanos da Câmara dos Deputados dos EUA devem votar nesta semana um amplo pacote tributário que busca cumprir algumas promessas de campanha do ex-presidente Donald Trump. Entre as medidas está o fim de créditos fiscais de US$ 7.500 para veículos elétricos e incentivos para projetos de eficiência energética em residências, benefícios ligados à energia limpa que podem ser encerrados após 2025.
Segundo especialistas, os consumidores que desejam aproveitar esses créditos devem agir ainda este ano, antes que os benefícios sejam eliminados.
O pacote tributário em discussão na Câmara dos Deputados pode revogar uma série de incentivos ao consumidor ligados à energia limpa. Se aprovado como está, famílias interessadas nesses créditos terão que agir rapidamente para aproveitá-los ainda em 2025.
Entre os benefícios em risco estão os créditos para quem compra ou aluga veículos elétricos, além de deduções para reformas residenciais com foco em eficiência energética.
Esses incentivos foram criados ou ampliados pelo Ato de Redução da Inflação, assinado durante o governo Biden, que fez investimentos históricos para combater as mudanças climáticas.
A maioria desses créditos permaneceria vigente até 2032 pela legislação atual, mas seria encerrada sete anos antes, caso o novo projeto seja aprovado.
“Com base na proposta atual, se você está pensando em adquirir um veículo elétrico, agora é a hora”, afirmou Alexia Melendez Martineau, gerente sênior de políticas da ONG Plug In America, por e-mail.
Hoje, quem compra um veículo elétrico novo pode obter até US$ 7.500 em créditos fiscais. Para veículos usados, o crédito pode chegar a US$ 4.000. Concessionárias também podem repassar o crédito de US$ 7.500 a quem optar por alugar o carro.
A proposta dos republicanos prevê o fim desses benefícios após 2025. Atualmente, o Ato de Redução da Inflação estende os créditos até 2032.
Um “regime especial” manteria o crédito de US$ 7.500 em 2026 para veículos novos de fabricantes que ainda não tenham vendido 200 mil unidades, o que desclassificaria empresas como General Motors (GM), Tesla (TSLA) e Toyota (TM).
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No primeiro trimestre de 2025, os veículos elétricos representaram cerca de 7,5% das vendas de carros novos, frente a 7% no mesmo período de 2024, segundo a Cox Automotive.
Desde 2008, quando foram aprovados pelo então presidente George W. Bush, os créditos fiscais para veículos elétricos estão disponíveis de alguma forma.
O governo Biden facilitou o acesso, permitindo que os consumidores recebam o desconto diretamente no momento da compra, sem precisar esperar a declaração de imposto de renda.
“Recomendamos escolher o reembolso antecipado na concessionária, pois isso reduz o valor pago na hora e transfere a responsabilidade para o vendedor em obter o crédito junto ao IRS”, explicou Martineau.
Os republicanos também querem eliminar diversos créditos relacionados à modernização energética de residências já existentes, como instalação de isolamento térmico, painéis solares, bombas de calor e janelas e portas mais eficientes.
Um desses créditos, chamado de crédito por melhorias em eficiência energética (25C), cobre até 30% do custo do projeto, permitindo aos contribuintes deduzir até US$ 3.200 por ano, dependendo do tipo de melhoria.
Outro crédito, o crédito para energia limpa residencial (25D), também cobre 30% dos custos, sem limite anual ou vitalício, exceto em casos como células de combustível, segundo o IRS.
Atualmente, ambos os créditos estão disponíveis até 2032, com redução gradual a partir de 2033. O projeto da Câmara prevê o fim desses créditos após 2025.
Mais de 3,4 milhões de famílias nos EUA utilizaram esses benefícios em 2023, gerando mais de US$ 8 bilhões em créditos, segundo o Departamento do Tesouro.
“Se um proprietário planeja usar o crédito 25C, ele terá que garantir que a instalação seja concluída ainda este ano”, alertou Kara Saul Rinaldi, CEO da AnnDyl Policy Group, consultoria de política ambiental e energética.
Os republicanos esperam que o corte dos créditos climáticos ajude a financiar outras medidas do pacote, como a extensão de dispositivos do plano tributário de Trump de 2017 e cortes em impostos sobre horas extras e gorjetas.
A revogação ou alteração dos créditos relacionados à energia limpa poderia gerar uma economia de US$ 707 bilhões em dez anos, segundo análise do Penn Wharton Budget Model.
No entanto, o projeto como está aumentaria o déficit em US$ 3,3 trilhões no mesmo período, mesmo com cortes de gastos incluídos.
Ainda assim, o texto do projeto pode mudar. Há divergências internas entre os republicanos da Câmara, alguns exigem cortes maiores no déficit, enquanto outros se opõem a reduções nos programas sociais ou querem manter benefícios estaduais, como deduções no imposto local (SALT).
“Os republicanos estão longe de um consenso. Há pressão dos que querem maior redução do déficit, resistência de centristas aos cortes sociais e disputas entre representantes de estados com altos impostos, que defendem maiores deduções de impostos locais”, escreveu Paul Ashworth, economista-chefe para América do Norte da Capital Economics.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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